-Permita-me ajuda-la - O jovem e cordial Herbest gentilmente ajuda Iris a subir no cavalo branco que antes integrava a cavalaria real.
-Céus isto é tão empolgante!!! -Diz abrindo um longo e contagiante sorriso perolado. O garoto a responde em tom de nostalgia;
-É... lembra os velhos tempos. -Dando a volta para subir no cavalo. Em um pulo o mesmo logo já está em cima do cavalo se acomodando feito um belo e humilde cavalheiro, em sua mastreia e postura é notório seu tremendo costume de andar à cavalo.
-Velhos tempos... Fazíamos isto não? Saíamos as escondidas pegando o velho Nevasca da fazenda e vagávamos entre os campos de trigo a noite, somente com o brilho da lua e das estrelas e a bela brisa gelada como acompanhante... -Relembra em um sorriso aquela doce e eterna infância que permanece fresca na memória. Ela completa;-íamos até as extremidades do castelo, até o abismo e esperávamos ansiosos o sol nascer e a lua sumir entre as águas do mar - Diz em um tom suave mas logo os encantos daqueles versos se desfaz em uma risada alta e escandalosa.
Herbest dá uma gargalhada nervosa ao lembrar da tamanha presepada em que se meteram em uma de suas rebeldes aventuras, para satisfazer os caprichos da princesa:
(...)
À dez anos atrás....Era uma noite quente no reino, o toque de recolher já havia ressoado e todos do castelo estavam fazendo seus últimos preparos para o tão aguardado descanso, todos... Exceto, é claro: Iris e Herbest.
-Pronto, já chega por hoje, você precisa dormir! - Diz a rainha fechando o tradicional livros de lendas do reino que à anos vem sido lido para todos os herdeiros da coroa; A menina que antes estava sentada totalmente entretida, agora segura o pulso de sua mãe tentando a impedir de sair e exclama:-Só mais uma por favor
- A mãe lhe sorrir gentil e responde:-Não, já está muito tarde... Todos do castelo já estão dormindo, menos você! -Toca na ponta de seu nariz.
-Mas não estou com sono!!! - Persiste de braços cruzados.
-É, mas isso não é hora de criança está acordada, vamos colabore comigo sim ? - Diz logo ajeitando as cobertas, a menina se deita, se confortando nos lençóis macios de sua cama aconchegante.
A mãe lhe da um doce beijo na testa levantando-se apagando a vela que descansara em cima do criado-mudo, a bela moça se afasta indo em direção a porta, ela a abre e quando se preparava para dá um doce e belo sorriso de boa noite; sua alegria é quebrada por uma pergunta inocente;
- Mamãe... O papai vai voltar logo; certo? - Foi quando as palavras se instalaram feito fileiras e mais fileiras, umas em cimas das outras, na garganta da rainha.
-Eeer... sim, claro querida - Responde em um rosto trágico enquanto fecha a porta.
A dura e inaceitável verdade é que nem mesmo a rainha poderia saber se o rei iria voltar ou não, meia e volta sempre havia uma guerra para lutar ou um reino para conquistar e lá estava o pai de Iris vibrando e coordenando os seus soldados. Porém, em sua última batalha ele voltou ferido e com o passar do tempo não sentia mais o movimento do pé esquerdo o ausentando de uma vez por todas das batalhas e o fazendo carregar consigo uma bengala simbolo de sua pior e degradante derrota; ninguém sabe o que houve de tão grave que fez um vencedor imbatível ser derrotado, o rei até hoje se recusa a contar o que de fato ocorreu, mas o único e irrefutável fato; É que: de uma tropa com mais de setecentos homens, apenas o rei voltou e seu nobre cavalo Nevasca.
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Coração de Vidro (Em Edição)
FantasíaVocê já imaginou uma maldição, uma princesa, um instrumento que acalma os mortos? Consegue imaginar uma história tão cativante que leva a assistir uma breve animação produzida pela Disney na sua mente? Um romance, uma fantasia medieval que nos leva...