Capítulo 9 ­- Uma viagem entre memórias

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­-Permita-me ajuda-la ­- O jovem e cordial Herbest gentilmente ajuda Iris a subir no cavalo branco que antes integrava a cavalaria real.­

-Céus isto é tão empolgante!!! ­-Diz abrindo um longo e contagiante sorriso perolado. O garoto a responde em tom de nostalgia;

-É... lembra os velhos tempos. ­ -Dando a volta para subir no cavalo. Em um pulo o mesmo logo já está em cima do cavalo se acomodando feito um belo e humilde cavalheiro, em sua mastreia e postura é notório seu tremendo costume de andar à cavalo.­

-Velhos tempos... Fazíamos isto não? Saíamos as escondidas pegando o velho Nevasca da fazenda e vagávamos entre os campos de trigo a noite, somente com o brilho da lua e das estrelas e a bela brisa gelada como acompanhante... ­-Relembra em um sorriso aquela doce e eterna infância que permanece fresca na memória. Ela completa;­-íamos até as extremidades do castelo, até o abismo e esperávamos ansiosos o sol nascer e a lua sumir entre as águas do mar ­- Diz em um tom suave mas logo os encantos daqueles versos se desfaz em uma risada alta e escandalosa.

Herbest dá uma gargalhada nervosa ao lembrar da tamanha presepada em que se meteram em uma de suas rebeldes aventuras, para satisfazer os caprichos da princesa:





(...)



À dez anos atrás....Era uma noite quente no reino, o toque de recolher já havia ressoado e todos do castelo estavam fazendo seus últimos preparos para o tão aguardado descanso, todos... Exceto, é claro: Iris e Herbest. ­

-Pronto, já chega por hoje, você precisa dormir! ­- Diz a rainha fechando o tradicional livros de lendas do reino que à anos vem sido lido para todos os herdeiros da coroa; A menina que antes estava sentada totalmente entretida, agora segura o pulso de sua mãe tentando a impedir de sair e exclama:­-Só mais uma por favor ­

- A mãe lhe sorrir gentil e responde:­-Não, já está muito tarde... Todos do castelo já estão dormindo, menos você! -Toca na ponta de seu nariz. ­

-Mas não estou com sono!!! ­- Persiste de braços cruzados.­

-É, mas isso não é hora de criança está acordada, vamos colabore comigo sim ? ­- Diz logo ajeitando as cobertas, a menina se deita, se confortando nos lençóis macios de sua cama aconchegante.

A mãe lhe da um doce beijo na testa levantando-se apagando a vela que descansara em cima do criado-mudo, a bela moça se afasta indo em direção a porta, ela a abre e quando se preparava para dá um doce e belo sorriso de boa noite; sua alegria é quebrada por uma pergunta inocente;

- Mamãe... O papai vai voltar logo; certo? ­- Foi quando as palavras se instalaram feito fileiras e mais fileiras, umas em cimas das outras, na garganta da rainha. ­

-Eeer... sim, claro querida ­- Responde em um rosto trágico enquanto fecha a porta.

A dura e inaceitável verdade é que nem mesmo a rainha poderia saber se o rei iria voltar ou não, meia e volta sempre havia uma guerra para lutar ou um reino para conquistar e lá estava o pai de Iris vibrando e coordenando os seus soldados. Porém, em sua última batalha ele voltou ferido e com o passar do tempo não sentia mais o movimento do pé esquerdo o ausentando de uma vez por todas das batalhas e o fazendo carregar consigo uma bengala simbolo de sua pior e degradante derrota; ninguém sabe o que houve de tão grave que fez um vencedor imbatível ser derrotado, o rei até hoje se recusa a contar o que de fato ocorreu, mas o único e irrefutável fato; É que: de uma tropa com mais de setecentos homens, apenas o rei voltou e seu nobre cavalo Nevasca.

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⏰ Última atualização: Jan 31, 2020 ⏰

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