Ruas de São Paulo - 7:30 AM
— Malditos heróis! Por que estão por todo lado?! — Passou a mão pelo braço machucado. — Só não deu certo naquela loja por causa deles, mas não vou desistir tão fácil...
Caminhando devagar, ele de um beco vê uma loja popular que na vitrine ostentava joias e vestidos que com certeza valiam muito. De repente, pares de sapatos e sacolas de loja de roupa entraram em seu campo de visão, acompanhados de risadas estridentes. O lugar começou a ficar movimentado.
—Eita, parece que a sorte...Dessa vez está do meu lado. — Abriu um sorriso meia lua. — Só tenho que esperar o momento certo.
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Casa dos D'Ávila - 8:00 AM
Poliana desceu as escadas com rapidez, para tomar café da manhã.
— Bom dia Tia! — Poliana cumprimentou.
— Não grita garota, e o que eu disse sobre descer as escadas assim?
— Desculpa tia...— Ela se sentou na mesa e Luísa alcançou a jarra de suco já ficando acostumada com essa ação da sobrinha.
Já faz uma semana desde que Poliana foi morar com Luísa, a garota ainda estava se adaptando ao novo ambiente e já conhecia metade da vizinhança, passava grande parte do tempo conversando com Nanci e no jardim com Antônio. E quando não era isso estava tirando sua tia do sério.
Luísa já até perdeu a conta de quantas vezes brigou com Poliana nesse meio tempo. Sempre ela fazia alguma coisa, seja atrapalha-lá no horário de trabalho a mexer em seus pertences, ou ficar falando sem parar quando tudo que Luísa quer é silêncio.
Poliana ainda não estudava, por conta da morte dos pais saiu da escola uma semana antes do fim das aulas, de acordo com as informações que recebeu do conselho tutelar a jovem já havia feito as provas finais e só continuava indo às aulas para cumprir o calendário escolar. Significando que ela passou para o ensino médio.
Agora Luísa teria que achar um colégio para a garota estudar.
Depois do café da manhã, Luísa dispensou Poliana da mesa e voltou para seu trabalho. Querendo alguns minutos de paz e tranquilidade.
Assim que entrou no escritório, fechou as cortinas que a sobrinha insistia em abrir, a luz do sol machuca sua visita e atrapalha seu trabalho.
"Não preciso ver o que tem lá fora. Odeio sair mesmo. Não faz a menor diferença."
A D'Ávila mais velha passou horas com os olhos vidrados para a tela do computador, ajeitando finanças e fazendo ligações.
No andar de cima Poliana estava deitada na cama, com muito tédio.
— Não tem nada pra fazer. — Poliana disse para o teto de seu "quarto". Conhecia os vizinhos, mas nenhum deles tinha um filho, conversava com todos é claro. Mas sentia falta de interação com gente de sua idade.
"Eu não sei nem onde o João mora, esqueci de perguntar! Que cabeça a minha!"
Poliana se levantou da cama e foi até seu armário, mexendo em suas poucas roupas, decidiu arruma-las para não dar trabalho para Nanci e Antônio. Pegou uma camisa para dobrar e embaixo dela viu uma caixa de madeira. A mesma que sua tia disse para ela não pegar mais. O que estava fazendo ali?
— A tia pegou essa caixa a uma semana atrás...Como veio parar aqui de novo? — Poliana pegou a caixa e a analisou, embaixo tinha uma pequena chave presa com fita adesiva. Deve ser a que abre a fechadura.
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The Day - As Aventuras de Poliana {BNHA AU}
AventuraEm um mundo onde 80% da população mundial tem um dom, uma espécie de super poder, a realidade de filmes e quadrinhos se tornou real e ser um super herói é o trabalho dos sonhos de muitos jovens. Por toda a sua vida, Poliana D'Ávila sonhou ser uma...