Lilith

114 18 25
                                    

  Eu insisti em dirigir o carro de Jake, afinal ninguém queria que ele se envolvesse em outro acidente de carro. Me sentia surpresa de saber que havia a acontecido um assassinato no prédio em que eu morava.
- E engraçado que isso tenha acontecido no seu prédio, não acha? - perguntou Jake.
Sorri enquanto eu dirigia.
- Acha que eu possa ser a assassina Jake? - perguntei me divertindo. - Se for me prender vou logo dizendo que eu amo algemas.
Jake revirou os olhos.

- Eu só estava comentando como é uma baita coincidência que o local do crime seja no mesmo prédio que o seu. - explicou ele.
- Sei. - eu disse sorrindo. - Espero que seja a senhora Granger. Detesto o barulho dos cachorros daquela velha gagá.
Jake me olhou horrorizado.
- Não sente vergonha de desejar mal uma pobre senhora? - perguntou ele chocado.
- Ah, por favor. - eu disse revirando os olhos para ele. - Ela tem oitenta e cinco anos, se viver mais que isso sera um milagre da medicina.
Parei o carro de Jake ma frente do hotel que estava repleto de carros da Polícia de NY e do FBI. A rua estava fechada.
- A pessoa que morreu deve ser bem importante. - comentei. - E se não era, agora com certeza é.
- Você devia tentar fazer um show de humor. - Jake disse com ironia.
- Obrigada. - eu agradeci. - Mas não acho que sirvo para isso. O meu lance e fazer piadas para a caridade.
  Jake não consegui resistir e sorriu. Entramos no elevador e subimos lentamente até o décimo andar.

- Você acha que dá tempo de eu pegar uma garrafa de vinho no meu apartamento? - perguntei - Estou com sede.
- Já ouviu falar de água? - perguntou Jake. - A gente está em trabalho.
- Certo mamãe. - eu disse sorrindo. - Só não espere que eu coma todos os meus legumes.
- Você é impossível. - disse Jake.
- Eu agradeço. - eu rebati. - Você também é um amor quando está pelado.
Jake me olhou feio.
- Proíbo você de comentar aquilo com alguém. - alertou ele.
- Claro que sim. - eu concordei ao sair primeiro do elevador. - Ninguém precisa saber dos seus doze centímetros.
- Ei!! - Jake disse ao sair logo atrás de mim. - Isso não é verdade.
Coloquei minha mão sobre o ombro dele e sorri gentilmente.
- Claro que não meu bem. - eu disse fazendo cara e piedade.
Segui até o apartamento trezentos e nove.
- Estou falando sério. - disse Jake atrás de mim. - Devo ter cerca de dezenove centímetros.

  Entrei no apartamento que estava cheio de policiais e agentes do FBI.
  Olhei ao redor e passei pela fita de isolamento ao mostrar meu distintivo. No chão perto sofá estava o morto perto do sofá.
- Ah, então e esse o nosso presunto. - eu disse. - Bem ele não era nada mau.
- Seja boazinha. - disse Jake ao meu lado.
- Desculpe. - eu disse. - Não era minha intenção ofender o defunto e o Atropelador.
- Será quê não vamos nunca superar essa? - perguntou Jake suspirando.
- Podemos tentar. - eu disse indiferente, mas eu costumo ser um pouco rancorosa.
- Percebe-se. - disse Jake. - Bem...o quê temos aqui?
- Levi Shawty Gray. - disse uma voz atrás de nós. - trinta e três anos, foi envenenado após ingerir uma taça de vinho que será analisada. O amigo dele venho procurar ele para correr e o encontrou morto, nenhum vizinho viu ou ouviu nada que possa ajudar. Sendo que um deles é uma senhora bem velhinha com vários cachorros.
- Eu disse. - disse para Jake.
 
  Ao olhar para trás vi uma mulher com cerca de vinte e três anos, cabelos azuis curtos na altura do ombro e os olhos verdes. Vestia uma jaqueta da perícia do FBI, uma calça preta e sapatos também pretos. Ela macacava chiclete e tinha uma expressão de tédio no rosto.
- Desculpe. - ela murmurou. - Não me apresentei direito, meu nome e Susan Charlotte Turner. Mas podem me chamar de Suzi.

Eu sorri.
- Prazer Suzi. - eu disse. - Meu nome e Lilith Blake, e esse aqui e meu amigo Jake doze centímetros. Mas não o chame assim, ele se constrange fácil.

Jake corou ao meu lado.
- Desculpe minha parceira. - disse Jake forçando um sorriso para Suzi. - Ela toma remédios espaciais.
- Seu cabelo é bonito Suzi. - eu disse sorrindo. - Azul é uma cor legal.
- Obrigada. - disse Suzi sorrindo e se animando rapidamente. - Eu sempre quis pintar meu cabelo de vermelho, mas a cor ficaria totalmente estranha em mim. Eu ficaria meio vadiam não acha? Não que eu seja é claro. Minha mãe me criou na igreja católica, e eu sempre achei que não levaria jeito para ser vadia. As coisas que elas fazem com a boca não é para mim.
- Ahã...- eu disse encantada com aquela humana. - Você gosta de falar, não é?
- Isso é efeito do café. - explicou ela. - Sempre que tomo café eu falo demais. Eu estou falando demais? Posso parar à qualquer momento. É só mandar.
- Suzi...achou algo estranho com a vítima? - perguntou Jake.
- Sim. - respondeu Suzi. - Um celular que estava...exibindo um vídeo.
- Que tipo de vídeo? - perguntei.
Suzi olhou ao redor antes de responder:
- Um filme pornô. Da vítima e de uma mulher que ainda não identificamos.
  Alguns agentes riram
- Obrigada pela maturidade meninos. - disse Suzi revirando os olhos. - Isso é uma cena de crime.
- O quê disse que encontrou no celular dele? - perguntou Jake confuso.
- Um vídeo aonde pessoas fazem sexo. - eu expliquei.

Jake me olhou irritado.
- Eu sei o quê é um vídeo pornô. - ele resmungou. - Só fiquei surpreso é isso.
- Puritano do jeito que é, não me surpreende. - zombei. - Você devia fazer um seminário, sabia? Acho que tem vocação.
- Engraçado. - disse Jake com ironia.
- Obrigada. - eu disse.
- Encontramos uma cruz feita com uma faca de quinze centímetros nas costas. E uns números estranhos. 232.
-já sabem o quê significa? - perguntei.
-Não. - respondeu Suzi. - Não fazemos ideia. Mas estamos trabalhando nisso.
- Pelo menos sabemos que a faca é maior que o amiguinho de Jake.
- Rá, Rá. - riu Jake sem humor. - Precisarmos identificar a mulher no vídeo. Ela pode ter uma informação crucial para o caso.
- Sim. - eu concordei. - Talvez ela seja o próximo alvo do nosso assassino.
- Sim. - disse Jake. - Precisamos chegar até ela, antes do assassino. Se não pode ser tarde demais.
- Isso está parecendo uma série ou um livro. - comentei. - O suspense parece o clima de CSI.
Jake fez uma careta.
- Isso aqui é real. - reprendeu ele.
- Só comentando, fica frio. - eu disse levantando a mãos em sinal de defesa.
- Eu gosto de CSI. - comentou Suzi.
Olhamos para ela.
- Só comentando. - disse ela me imitando.
- Vamos pegar esse assassino e colocá-lo na cadeia. - disse Jake. - Ou não me chamo Jake O'Neil

Lilith Rainha das trevas. (Livro um) "Em Revisão"Onde histórias criam vida. Descubra agora