Carol and Valkyrie

Capítulo 6

Valkyrie

-Então você se fere a batalha, mas tem tempo para ficar brincando de lutinha com ela?-a garota loira, Natasha, indaga, mas seu tom é tão irônico que acho melhor não responder.
-Eu estava tentando ajudá-la-Carol fala, olhando para Natasha.
-Enquanto vocês estão nessa brincadeira, nós estamos no meio de uma guerra séria-ela pondera, claramente irritada.
-Ei, pode parar com isso-agora Carol se enfureceu-Você não vai punir ela pelo que eu fiz.
-Do que ela está falando, Nat?-Bruce pergunta. Steve, Thor e outro cara assistem tudo, mas sem surpresas. Parece que brigas não é uma coisa incomum por aqui.
-Ontem a noite a Capitã invadiu nosso sistema e leu todas as nossas fichas, fichas confidenciais da S.H.I.E.L.D.
Então, foi isso que a Carol aprontou. Por isso ela eatava no telhado, fugindo do problema. A expressão dela demonstra que ela está claramente constrangida, mas ela não baixa a guarda.
-Não tem nada naquelas fichas que as pessoas não saibam sobre nós, Nat-Steve pondera.
-Então por que ela invadiu o sistema?
-Porque desde que eu cheguei aqui, vocês não confiam em mim. Só estão me aceitando aqui porque eu sou sua melhor chance contra o Thanos. Mas, mesmo eu dizendo que conheço o Fury, vocês não acreditam em mim.
-E nós deveríamos? -Natasha responde.
-Nat, chega-Bruce fala. Ela o olha, confusa.
-A gente não tem tempo para isso. Meu deus, o Thanos dizimou metade de nós, e todos os nossos amigos se foram. Não podemos ficar brigando desse jeito-ele fala.
Carol e Natasha parecem envergonhadas. Elas assentem, e se viram cada uma para a direção oposta. Carol se aproxima de mim e sorrio, tentando animá-la. Parece funcionar porque segundos depois vejo seu sorriso lindo.
-A questão é que não temos ideia do que fazer. O mundo está em colapso, pessoas morrendo por todos os lados-Bruce continua.
-Devíamos ir atrás de Thanos-Thor pondera-É nossa melhor chance de vitória.
-Não fazemos ideia de onde ele está. E depois do que aconteceu em Wakanda, tentar enfrentá-lo será suicídio-Steve fala.
-Então, o que faremos?
Todos ficam em silêncio, e percebo que eles nunca estiveram nessa situação. Eles nunca perderam uma batalha, pelo menos, não desse jeito, e agora, eles estão desolados, sem saber para onde ir ou o que fazer.
-Tony saberia o que fazer-Rhodes fala, de repente. Todos o encaram, e parecem mais tristes ainda. Todos menos Steve.
-Não fale como se ele já estivesse morto-ele solta, de repente.
-Steve, ninguém sabe onde ele está. A última vez que ele foi visto...
-Foi em Nova York-Bruce diz-Ele estava comigo, e com o...
Bruce parece ter um estalo de repente.
-Strange. É isso-por um instante, um traço de esperança passa por seu rosto.
-Quem é Strange, Bruce?
-Doutor Strange. Ele é um mago de Nova York. Ele possuía uma jóia do infinito, uma jóia que podia reverter o tempo.
-Você sabe onde ele e essa jóia estão?
-Bom, não. A última vez que eu o vi, foi em Nova York lutando com Tony. Não sei para onde eles foram.
-Então significa que ele tem tanta chance de estar morto quanto o Tony tem-Thor diz.
-Para de falar isso!-Steve bate na mesa da sala, fazendo um barulho ensurdecedor. Todos o encaram, e ele respira profundamente antes de sair da sala. Natasha sai atrás dele, e ficamos todos confusos, olhando para o que acabou de acontecer.
-O que ele tem?-Carol indaga. Bruce passa a mão no rosto, em um gesto cansado, e Rhodes nos olha com atenção.
-O Tony e o Steve tiveram um desentendimento há um tempo. E desde aquele dia, eles não se falam, e os Vingadores nunca mais se reuniram.
-O que houve?-Bruce se senta em uma cadeira em frente a Rhodes e o olha.
-Tony e Steve tinham ideias diferentes. Mas Steve guardava um segredo muito grande, e quando o Tony descobriu, eles brigaram feio.
-Que segredo?
Rhodes parece cansado também. Ele se senta na mesa, e apenas eu e Carol ficamos em pé.
-Se lembra do Bucky?
-O amigo do Steve que já tentou matar ele? Sim, eu me lembro.
-Ele matou os pais do Tony.
Uma tensão se instala na sala, e Bruce parece surpreso.
-Mas como...O Bucky era...
-Foi há muito tempo. Ele ainda era controlado pela Hydra nesa época, e o forçaram a fazer isso.
-E o que o Tony fez?
-Acabou com tudo. Pegou o escudo de Steve, e separou os Vingadores. Com você perdido por aí, Thor em Asgard, e o Clint aposentado, ninguém conseguiu impedir os dois.
-Então o Steve se arrepende de ter mentido-falo, fazendo-os me olhar-E por isso não quer acreditar que ele morreu sem os dois terem tentado se acertar?
Rhodes não responde, mas eu entendo sem que ele precise falar. Carol parece furiosa de repente, e sai da sala sem dar explicações. Os três a encaram sair, mas não comentam nada sobre.
"Não seria estranho eu a seguir. Afinal, até pouco tempo nós estávamos treinando juntas" penso.
"Que se dane, a gente vai morrer mesmo".
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Carol está no gramado, atirando com seus raios, ou seja lá como ela chama aquele negócio, para o céu.
-Você vai acabar acertando um avião, Danvers-falo, rindo. Ela não ri também, só fica olhando para o nada.
-Ei-me aproximo calmamente dela-O que você tem?
-Eu só...-ela coloca as mãos no cabelo, e fecha os olhos, como se quisesse pensar em algima coisa.
-Eu não aguento isso. Não aguento ver tanta gente triste e não conseguir fazer nada para mudar.
-Ninguém pode fazer nada no momento, Carol. Ninguém sabe onde esse Thanos está ou o que ele está fazendo, nem como derrotá-lo. Ele é muito poderoso.
-Ele usa as jóias do infinito. Eu tenho o poder de uma. Acho que consigo tentar acabar com ele.
-Pode parar, está bem? Ninguém consegue acabar com ele. É maluquice tentar isso, ainda mais sozinha.
Ela sabe disso, e está frustada porque nesse instante, ela é inútil.
-Valkyrie, eu...
Vou até ela e seguro suas mãos. Estão quentes por causa dos tiros que ela estava dando.
-Você me acalma, sabia?-ela pondera.
-Não sei por quê, mas é verdade. E eu não sou uma pessoa muito calma, no geral.
Sorrio, e entrelaço meus dedos com os seus.
Eu disse que tinha medo de confiar em alguém de novo. Isso mudou quando eu conheci Thor, e mudou de novo quando eu pensei que ele tinha morrido.
Mas agora, tudo que eu consigo pensar é que estamos sem perpesctiva alguma de vencer. E se é assim que vamos perder, tentando vencer algo invencível, eu não tenho tempo para ficar escolhendo em quem vou ou não confiar. E se vou morrer como todo mundo, eu não vou morrer sabendo que eu consegui encontrar alguém tão bom para mim de novo, e deixei essa  pessoa ir de novo.