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Ingrid Marques

Hoje seria a Abertura da copa América e eu estava muito mal por não poder ir, o evento aconteceria aqui no Brasil mesmo em São Paulo, não era muito longe mas eu não tinha dinheiro para isso. Bufo ao lembrar, me deito novamente na cama encarando o teto e escuto meu celular tocar, percebo que era uma chamada do whatsapp a atendendo em seguida sem ao menos ver quem era.

— Alô? - pergunto aproximando o microfone do fone de ouvido na boca.

— Oiii, Vocês lembram que eu ia contar uma novidade para vocês? - Mari pergunta toda animada e percebo que a Maria também participava da ligação.

— Lembro, o que foi que você aprontou?? - Maria responde e a Mari liga a câmera do seu celular, a mesma abre um sorriso e mostra três papéis pequenos para a câmera, eram parecidos com ....

não pode ser

— É mentira né Mariana? - pergunto com os olhos arregalados.

— Não, não é nem um pouco mentira.. nós vamos para a abertura da copa América!! - a de cabelos cacheados grita e eu quase caio da cama ao me levantar rápido demais.

— EU NÃO ACREDITO MANO, PUTA MERDA. — grito pulando de alegria e escuto os gritos da Maria também.

Desligo a chamada e me arrumo vestindo uma camiseta de lantejoula com a bandeira do Brasil, um shorts  jeans, prendo meus cabelos em um coque meio desajeitado e passo uma maquiagem leve, assim que já estava pronta pego minha bolsa e vou até o ponto para pegar o ônibus.

— Entra aí. — vejo um carro estacionar na minha frente e franzo o cenho quando percebo a Maria sentada no banco ao lado do motorista, abro a porta do carro e me sento no banco de trás. — achei mais rápido e fácil pedir um uber. — a mesma disse olhando para mim pelo retrovisor já que a janela estava aberta.

Chegamos na frente do estádio, pagamos o motorista, entramos no Morumbi e fomos em direção ao camarote onde assistiríamos o jogo.

— Eu nem acredito que estamos aqui. - digo surpresa me sentando no sofá que ficava de frente a uma janela de vidro com vista para o campo e olho ao redor, o camarote do estádio era gigante e muito confortável.

Sinto duas mãos em volta dos meus olhos e franzo o cenho.

— Pode parar de brincadeira Maria. — digo com uma expressão séria no rosto.

— Mas não sou eu. — Mary diz ao meu lado e eu prendo a respiração.

Assim que percebo que as mãos não estavam mais em meus olhos, me viro para trás e arregalo os olhos imediatamente ao ver quem é.


A Simple Video Call ↬ gabriel jesusOnde histórias criam vida. Descubra agora