30 - Aqui não!

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Depois que entramos no carro de Jeon, eu dirigi até a casa do Seokjin, que por incrível que pareça eu lembrava bem do caminho. Uma música tocava baixo, e Jeon a cantava para mim.

Uma de suas mãos estava repousada em minha coxa, fazendo um leve carinho ali. Jeon e suas manias que me fazem suspirar. Após alguns minutos, entrei na estrada de terra que dava até a casa de Seokjin.

── Noona. ── Jungkook apertou minha perna e eu o olhei. ── Você está bem?

── Sim, querido. Por que não estaria? ── Sorri para ele e voltei a focar a estrada.

── Por nada. ── Respirou fundo e tirou sua mão de minha coxa.

Olhei de relance para ele e ele parecia preocupado.

Estranho.

Assim que eu parei o carro na frente do casarão, a porta da frente é aberta e aquele menino ruivo saiu. Estalei meu pescoço e sai do carro junto ao Jungkook. Encarei aquele olhos verdes e expressão séria meio entediada.

── O que você quer aqui? ── Ele rosnou e Jeon ficou na minha frente.

── Conversar, hyung. ── Ele respondeu por mim e eu segurei sua blusa, empurrando-o levemente para o lado.

── Eu quero falar com SeokJin, não com você. ── Falei seca e logo um rapaz de cabelos negros e ombros largos apareceu.

── O que desejas conversar comigo? ── Ele perguntou.

── Algo que você, assim como os outros que estão aí dentro, gostariam de saber. ── Falo e comecei a andar na sua direção com o olhar nada legal do ruivo sob mim.

── Claro, entre. ── Sorriu para mim e me deu passagem, olhei para trás e Jeon nos acompanhava.

Entrei na casa e todos, exatamente todos me olhavam, até Yoongi, que sorriu ladinho ao me ver enquanto tomava uma bolsa de sangue.

── Olá. ── Cumprimetei-os, sendo retribuída.

── Gostaria de tomar algo? ── Seokjin que estava ao meu lado, me perguntou.

── Ah, não precisa se incomodar com isso. ── Sorri e juntei minhas mãos, encarando todos ali à minha frente. ── Eu queria, primeiro de tudo, pedir desculpas pelo o que ocorreu há uns dias atrás. ── Me curvei. ── E também agradecer por terem cuidado de mim. ── Me levantei e uma mulher se levantou e veio até mim.

── Fico feliz que tenha se recuperado, minha jovem. ── Ela disse e sorriu de forma doce para mim. ── Me chamo Núbia. Eu que cuidei de você durante os dias que ficou desacordada. Digo… ── Olhou pro Jin, que fechou a cara pra ela. ── Tive ajuda, mas a maior parte eu cuidei do seu ferimento e te mantive limpa.

── Obrigada, Núbia. ── Me curvei novamente.

── Nada não querida. ── Ela segurou meus ombros e eu sorri para ela, mais uma vez. ── Nos conte o que aconteceu no dia em que foi seriamente ferida. Nós precisamos saber o que aconteceu para podermos ajudar melhor! A falta de comunicação é o que implica muito nesse momento.

Respirei fundo e pedi para que todos se sentassem. Quando todos se sentaram, continuei de pé e pigarreei.

── Vou contar o que aconteceu no dia e explicar umas coisas à vocês e eu espero que vocês compreendam o quão grave a situação está e pedir a colaboração de vocês para algumas coisas. ── Todos assentiram. ── Então... Depois que Jeon saiu mais cedo do trabalho naquele dia, eu fiquei bastante preocupada com o que Jimin e o Taehyung disse para mim sobre os sonhos que o Jeon vinha tendo e que ele havia passado mal na faculdade. Ele não me contou isso. ── Olhei para Jungkook e depois para o Jimin, que me encarava de braços cruzados sem expressão. Já Tae apenas concordou com o que eu disse. ── Enfim, algumas horas depois meu chefe me chamou para conversar e depois da conversa perguntou se eu poderia trazer para ele um pouco de café. Aproveite a oportunidade e coloquei um pouco do meu sangue no café dele e quando ele bebeu, perguntei para ele se podia sair mais cedo e sem pensar duas vezes, ele me liberou. Eu meio que induzi ele me liberar com meu sangue que coloquei em seu café e que graças a Deus funcionou. Mesmo que não fosse tão necessário, eu gosto de fazer essas coisas. Eu arrumei minhas coisas e fui o mais rápido possível pro apartamento do Jungkook. Quando eu cheguei lá, senti a presença de um demônio. Segui de onde a presença dele vinha e ele estava dentro do apartamento dele. ── Olhei para meu menino e prossegui. ── Eu não sabia quem era, mas tive a certeza que ele estava ali por causa do Jeon e por causa de outra pessoa. Foi aí que eu entrei no apartamento e parei no meio da sala, olhando ao redor. E aí ele apareceu e o meu corpo ficou imóvel, paralisado. Eu não conseguia me mexer, o que me deixou aflita. Um homem apareceu bem na minha frente, com seus olhos fixos aos meus. Ele me analisou e disse; "Onde está a criança humana?". Eu falei que não sabia do que ele estava falando. Foi quando eu vi algo brilhar em sua mão. ── Fiz uma pausa, me lembrando do quão doloroso foi sentir aquela adaga perfurando meu ombro.

Deus da Destruição I • JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora