48 - Desentendimento.

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Estava encolhido no sofá depois de ter chorado quase a madrugada toda pensando nela. Depois que o Jimin saiu daquele jeito, ele não voltou mais. Tudo estava estranho. Ninguém queria me falar nada e aquilo estava me matando demais.

── Tenha mais calma! ── Ella tentava desde cedo me animar, mas eu não conseguia, estava angustiado demais. ── Não fique se martirizando, talvez ela só queira um tempo pra ela.

── Eu estou muito preocupado. ── Funguei. ── Ela não mandou nenhuma mensagem até agora. A única informação que eu tenho é que ela, pelo menos, está viva. Já faz quase 1 mês que ela não aparece e mais ou menos duas semanas que o Jimin não voltou. Quero acreditar que ele está com ela nesse momento, mas mesmo assim, eu quero vê-la logo.

── Eles vão voltar! Acredite. ── Ela segurou meu rosto e tocou seus lábios nos meus em um selinho rápido. ── Agora pare de choramingar e espere mais um pouco. Se ela está bem e viva, é o que importa, não? ── Concordei com ela e em seguida abracei seu corpo.

Ella me recebeu em seus braços com tanto carinho, com tanto conforto. Com tanto calor! Eu estou gostando muito dela, tipo, muito mesmo! Tê-la ali, estava sendo importante demais para mim. Seu corpo quentinho, seu carinho, seus palavras de conforto... Eu merecia tudo aquilo?

Ainda nevava bastante nesta época do ano. Vim morar na casa do Seokjin tem uns dias, já que fui obrigado à vir. Ele falou que estava ouvindo de uns amigos que tem muita gente perigosa dando as caras e como eu não tinha muita proteção em meu apartamento, ele me obrigou à vir morar com ele porquê aqui é mais seguro. De acordo com ele, tem uma barreira em volta da região onde ele mora, só pessoas permitidas podem ultrapassar. Alguns minutos se passaram e eu ouvi a porta sendo aberta, mas não quis olhar.

── Bebê. ── Ella me chama e eu apenas solto um "hmm" em resposta. ── Olha.

Levantei a cabeça aos poucos e senti um misto de sentimentos quando meus olhos se conectaram com os dela. Por um lado, eu estava me sentindo feliz e aliviado, por outro, eu queria esganar a pessoa. Jimin estava parado na porta da sala, me olhando enquanto Bella estava em suas costas, também me olhando, com um cobertor envolta deles. O rosto dela estava com algumas marcas roxas e esverdeadas. O que me deixou preocupado e curioso ao mesmo tempo. O que aconteceu?

── Noona. ── Me levantei do sofá e caminhei até eles, vendo ela descer das costas Jimin devagar. Noto que seu pulso estava enfaixado e tinha algumas marcas, mesmo que sejam claras, em seu corpo. ── O quê aconteceu com você?

── Está tudo bem, meu amor. ── Ela se aproximou de mim e aninhou meu rosto. ── Estou aliviada em saber que você está bem. ── Sorriu.

Eu senti meu rosto esquentar de raiva.

── ESTÁ TUDO BEM? ── Acabei gritando, fazendo ela afastar suas mãos de meu rosto e me olhar sério. ── Como está tudo bem se você some por um mês e me aparece cheia de hematomas? ── Segurei seu ombro, apertando com força. ── ISSO É ESTAR BEM POR UM... ── Meu rosto virou para o lado com o forte tapa que ela me deu.

── Você pensa que está falando com quem, hm? Me respeite! ── Levei a mão até o lugar, sentindo latejar e queimar. ── Abaixa o tom de voz ao se dirigir à mim. Você acha que eu não queria ter vindo antes? VOCÊ ACHA JUNGKOOK? ── Ela gritou e eu continuei com o rosto virado pro lado. ── Eu passei boa parte da minha vida cuidando de você! EU QUASE MORRIA PRA SALVAR VOCÊ! ── Minha cabeça martelava com suas palavras. ── Eu preferia ter morrido há muito tempo. ── Sua voz de lamentação me fez a olha-la. ── Eu dou tudo de mim pra proteger você... E você me vem com essa ingratidão?

Deus da Destruição I • JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora