Central do Amor

Cp 15

Coronel bate no quarto , Rafael abre a porta já com as mala na mão.

—Estou indo embora Coronel, não se preocupe deixarei sua filha livre pra algum vaqueiro da região.

Coronel estava envergonhado por ter humilhado seu genro na frente de todos,seu pai nunca ensinara esse tipo de atitude descabida.

—Peço que me perdoe Rafael , eu fui um velho matuto tentando proteger a filhinha única.— Ele sorri destreinado.

—Tudo bem Coronel Pimpolho.— Rafael sorri, ele gostava de Tina se seu sogro ia mudar a coisa mudava de figura.

Coronel Pimpolho estende a mão para ele, Rafael lhe cumprimenta.

—Amigos Rafael ?

—Claro sogro, vamos almoçar estou com fome.

—Sim, hoje é buchada.

Rafael riu, mas por dentro seu estômago revirou ele não gostava dessa comida em particular.

—Me parece delicioso Coronel Pimpolho.

"Que Deus me ajude nessa empreitada" .pensou Rafael.

Depois de almoçarem todos voltam para Fortaleza.

          ***
Adauto e Mônica chegam exatamente a mesma hora em frente a Central do Amor oito horas da manhã, o sol estava a todo vapor.

—Mônica hoje nós vamos limpar a agência, está uma bagunça que só vendo.— Adauto procurava a chave na mochila em frente ao escritório.

Mônica riu para ele , Adauto riu de volta.

—Eu quero um beijo.

—Adauto aqui somos colegas de trabalho não misture as coisas seu chumbado.

—Nossa tão profissional , pena que na hora de ir na lanchonete isso acaba num instante.

Mônica revira os olhos.

—Adauto somos namorados , você não é meu pai que fique bem claro.

—Se tu não fala eu me esqueço desse detalhe. —Ele ri e acha a chave e abre o escritório.

O escritório estava uma bagunça por sinal, era papel espalhado por todo lado, Adauto tinha feito uma reunião com um casal que estava em crise por causa da gata que queria dormir na cama do casal , o casal no dia brigavam jogando papel no outro era uma técnica de psicologia que Adauto tinha pesquisado no site amor de periféria.Ninguém sabe que isso tinha resultado mas tava no Google ele resolveu fazer.

—Adauto é muito papel no chão, quem vai varrer. — Mônica fez cara de criança.

Adauto olhou para ela com surpresa.

—Me pergunta quem vai varrer?

—Sim meu filho,desenrola eu quero merendar na lanchonete.

—Mal chegou amor, e sobre varrer vai ser você.— Adauto riu.

Mônica pega a vassoura sem vontade.

—Isso não é justo sabia.— Mônica reclama enquanto varre o escritório, Adauto olha a caixa de e-mails tomando seu capuccino.

Mônica não gostava de capuccino por isso ela nem ligava quando ele bebia.
Adauto se levanta , vai para a sacada do prédio e avista o seu belo bairro Parquelândia, com a famosa praça perto da rua Amadeu Furtado , a mãe olhava a criança brigando no parque da praça, e um ladrão querendo roubar a bolsa da mulher na parada de ônibus por sorte a mulher tinha feito aulas de luta e o ladrão que se deu mal.
Adauto riu.

Mônica foi devagar mexer na gaveta pessoal de Adauto , ela andava pé ante pé para ele não escutar. Mônica abriu a gaveta e tinha lá no fundo vários papéis velhos e uma foto antiga de Adauto com uma moça ela estranhou porque aquela foto estava lá. Ela segura a foto para cima , Adauto volta para o escritório e toma um susto ao ver Mônica com a foto que ele tinha guardado tão bem, talvez não tão bem assim.

—Essa foto é antiga.— Adauto falou destreinado.

Mônica olhou para ele com desdém.

—Sim só vai me falar isso Adauto barra esconde fotos da namorada.

Adauto ficou nervoso.

—Ela foi uma namorada antiga, já faz cinco anos que Luana do Baciao se foi para o Rio de Janeiro.

—Eu sei querido.— Mônica dá a foto para ele.— Pode rasgar a foto.

—Esta sendo ridícula Mônica eu e Luana não temos mais nada , gosto de você.

—Se gosta rasgue a foto me prove.

Adauto fechou a cara, mas rasgou a foto para evitar briga.
Mônica abraça Adauto, ela era um pouco insegura dica de passagem.
Eles voltam a trabalhar , quando Salomé chega no escritório toda sorridente com seu óculos grande de sol chique.

—Oi casal, cadê o café da visita hein? — Salomé riu e se deita no sofá do escritório, ela era bem espaçosa na verdade.

—Prima se sente aqui é um lugar sério sabe disso.— Adauto falou sério.

—Ai primo deixa de ser careta , esse sofá é do Balacobaco confortável , aconchegante e muito mais.

Mônica riu da frase de Salomé.

—Salomé aqui não é OLX pra fazer comercial do meu sofá se sente.

Adauto não queria dar espaço para Salomé ficar ali sem fazer nada, já basta ela roubar a senha dele na Netflix.

—Que saco primo, me empresta 20.— Salomé se senta no sofá enquanto faz selfie rindo para postar no Instagram.

Adauto ri.

—Prima eu tô liso sabe disso.

Salomé posta a foto, e olha para o primo rindo.

—Sai daí pão duro, tenho uma novidade para o casal vai ter festa Sábado em minha humilde residência.

Mônica toma o capuccino mesmo sem vontade , a fome falou mais alto. Ela olhava os e-mails pendentes.

Adauto coloca as mãos nos bolsos da calça.

—Posso saber prima qual motivo da festa ?— Adauto riu.

—Eu conto mesmo priminho querido.

—Fale ora.— Adauto não entendi porque Salomé estava cheia de dedos com o motivo da festa.

Salomé sabia que isso ia ser uma bomba para o casal recente mas de um jeito ou de outro eles iriam saber da notícia, afinal o bairro era igual jornal uma notícia ia de boca em boca no final até o mendigo sabia do ocorrido.

Ela se levanta do sofá , coloca os óculos de sol estiloso.

—Pois bem casal meloso sinto informar que Luana do Baciao voltou do Rio de Janeiro para brilhar up.

Mônica quase se engasgou quando ouviu essa frase.
Adauto ficou surpreso com a notícia.

—Bem prima eu e Mônica iremos a sua festa pra provar que Luana do Baciao ficou no passado de verdade.

Mônica riu para Adauto de felicidade.
Salomé riu.

—Por que ri ? — perguntou Mônica séria.

—Calma amiga.— alertou Salomé enquanto mandava uma mensagem no Zap para uma pessoa.

—Salomé que inxame é esse . — Adauto ficou impaciente com a sua prima.

Salomé abriu a porta e Luana do Baciao apareceu toda chique.
Mônica abraça Adauto com medo.
Luana do Baciao riu.

—Voltei gente.— disse Luana do Baciao enquanto olhava para Adauto.