Rotinas sobre ela.

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Em forma de rotina.
Todos os dias.
Tenho que deixa-la.
A vejo me observar ir.
Meu peito retorce.
Mas nem por um segundo.
Posso ousar olhar para trás.
Pois caso olhe.
Vou desejar voltar.
E se eu voltar...
Nunca mais sairia de lá.
Então continuo.
O peito aperta.
Num misto de saudade.
As coisas que com ela eram coloridas.
Voltam a ser cinzas.
Tudo perde o sentido.
Mas continuo rígida.
Pois sei que amanhã voltarei
Para vê-la.
Para te-la.
E dizer aqueles "te amo"
Disfarçados em "se cuida" "te adoro"
Sentir aquele frio bobo.
Em meio de abraços.
E sorrisos.
Mas no fundo saber.
Que eis de me soltar daqueles braços.
Me desprender de seus laços.
E seguir
Sem nem sequer olhar.
Minha amada!
Que ficou no meio da rua.
Me assistindo sumir.
Na escuridão sem fim.
Vou tranquila pois sei.
Que carrego parte dela.
Dentro de mim!

Srta. Hettwer

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