A doença incurável

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Os médicos dizem que estou bem.
Minha mãe me olha com desdém.
Nem se quer entende.
Os que me amam
Procuram compreender
Mas acontece...
Que ninguém de vocês.
Podem ver
O tamanho da ferida.
O tamanho da doença.
E não há remédios.
A cada dia eu só quero desaparecer.
Sumir...
Nunca mais ser vista por aí.
Sinto que isso anestesia essa dor.
Que me corrói em madrugadas sem dormir.
Em dias sem comer.
Ou na imensa vontade dormi.
Sem nem se quer acordar.
Só ficar lá.
Dançar com a minha solidão.
Que veste preto.
Ela se move na escuridão.
Me carrega em seus braços.
E me mostra o caminho a seguir
Ela me da os remédios.
Que eu não quero tomar.
Ela mexe na ferida.
Me faz querer nunca ter nascido.
Pois até às coisas boas parecem doer.
Me toma meu futuro.
E mostra que não chegarei a lugar algum.
Então tenta me mostrar
Que tais remédios com tudo isso vai acabar.
Mas eu prometi para você mamãe.
Que ficaria viva até quando eu aguentar.

Arraigar-seOnde histórias criam vida. Descubra agora