Prisão

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Já não tem substância.
Que preencha esse vazio.
Essa prisão.
Que me prende dentro de mim.
Tudo parece passageiro.
O álcool não me faz sorrir.
A nicotina não me acalma.
Chorar não alivia.
Acredito ser um buraco negro.
Meu corpo adoece.
Sinto-me morrer a cada dia.
E a única coisa.
Que me segura.
Que amortece essa dor.
Que abraça meu buraco negro.
Que me acalma.
Me alivia.
É vê-la sorrir.
Olhar para mim.
Sinto ali que estou viva!
Mas basta virar a esquina.
A perder de visão.
Que o peito volta a doer
E aos poucos adoecer.
Amor! Estou intoxicada.
E você parece a cura.
Mas não quero acabar contigo.
Então simplesmente.
Não vou toma-la.
Que eu morra!
E viva apenas minutos...

Arraigar-seOnde histórias criam vida. Descubra agora