A chuva se cessou
Mas a tempestade em mim não.
A neblina esconde.
O meu amor.
No meio dela.
Ele se perde.
Em roupas escuras.
De longe vejo vultos.
Tenho vontade de fugir.
Subir aquele monte.
Me perder num pulo.
De alívio.
Alívio...
Afinal o que é alívio?
Minha alma está condenada.
Não me ligue.
Não me chame.
Não vou voltar.
Gosto de me perder.
Me lançar.
Em amores rasos.
Pratos fundo.
Assim perco pessoas.
Afeto.
Isso eu nunca nem tive.
Então não me peça carinho.
Pois gosto de partidas.
Gosto de dor sentida.
Amores não correspondidos.
Se tornam desafios.
Mas tudo se perde.
Num tom
De batom
Escuro.
Então me beije amor.
Essa é sua última chance.
Pois vou pegar a estrada.
E sumir.
Sou passageira.
De um trem fantasma.
Não serei lembrada.
Uma hora você se esquece.
Que um dia existi.
Apareço.
Logo sumo.
Então me de um beijo.
Não preciso de abraço.
Nem de afeto.
Gosto do meu eu solitário.
Uma tristeza que alivia.
Mas afinal. .
O que é alívio?
Grande ilusão.
Pequena turbulência no meu coração.
Exatamente isso.
Que fez em mim ...
Pequena turbulência.
Que logo passa...
Deixe-me.
Não me ligue
Já parti
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Arraigar-se
PoetryA vida se passava pela janela, presos aqui dentro desse hospício, usamos nossas mãos para quebra-la. Sendo assim o vidro reforçado demais nos deixando a arraigar-se. Quem nos pôs aqui foi a própria senhora sociedade Ela diz que somos diferentes. Pa...