+16 | Flora Mendes foi um tipo de garota que enfrentou as frustrações da vida justamente quando tinha começado a viver. Os sonhos, as lembranças, as ideologias... tudo pelo o que tinha passado foi manchado pela falsa versão criada do amor. Ela era s...
"Got your chemicals all in my veins Feeling all the highs, feel all the pain" —Never be the same, Camila Cabello
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Preciso conversar com você, Flora! Você não precisa falar nada se não quiser... só me escuta.
— Collin, acho que você já falou tudo que tinha pra falar. Foi bem claro... e eu também, então não precisamos conversar. — respondo tentando esconder minha surpresa ao te ver me esperando.
— Eu sei... Me desculpe! Por favor. Eu fui um idiota, um babaca e um insensível. Mas, e-eu fiquei muito puto quando vi Alyssa lá, depois de ter dito para a minha mãe que não a queria naquele lugar. Falei tudo aquilo por impulso, não queria te magoar, não queria te ofender... não queria dizer aquelas merdas! Me perdoe de verdade... — ele me fita seriamente.
— Eu aceito suas desculpas, mas... é isso, não muda nada. A gente mal se conhece Collin, meu perdão é inútil pra você... quer dizer, se ajuda aliviar algum sentimento de arrependimento tudo bem, mas sobre a nossa "relação" não tem diferença. Você sabe disso... — digo subindo os degraus em direção à porta.
— Como assim? Claro que muda! Eu não estou me desculpando só por ser o certo... e sim, por me importar com você, por não querer te ver triste e principalmente por não querer me afastar! — eu o encaro tentando não surtar com sua respiração ofegante e seu olhar de desespero. — E-eu não sinto que a gente mal se conhece... na verdade, eu não quero de jeito nenhum que você pare de falar comigo.
Por que ele está falando isso? Por que ele está tão agitado? Eu... não posso falar que também não quero parar de falar com ele. Eu realmente não estou mais chateada com suas palavras... quero dizer, a verdade machuca não é mesmo? Não posso culpá-lo. Porém, eu sei que não é só isso... o que vai ser de mim se deixar? O que vai ser de nós se eu deixar?
— Não é isso... olha... e-eu não sei, já te disse que está tudo bem, afinal você não estava errado, mas você não está entendendo nada. Eu... — sou interrompida por seu movimento repentino que me prende na parede. Nossos olhos se encontram e eu tento não focar em seu peito oscilando rapidamente. — Collin, por favor... — minha voz sai com um sussurro.
— Se você falar pra mim que não quer isso, eu paro. — ele se aproxima cada vez mais, juntando nossas respirações. Com um braço apoiando na parede atrás de mim, na altura da minha cabeça, ele levanta o outro tirando uma mecha de cabelo do meu rosto, me forçando a olhar em seus olhos, que agora não se parecem nada com o do menino furioso do festival. Seu olhar oscila entre minha boca e meus olhos, me forçando a fazer o mesmo. Sua boca está seca e a respiração desregulada, mas logo ele molha os lábios levando-me a fazer o mesmo involuntariamente. — Você é tão linda, Flora Mendes — ele acaricia o lado esquerdo do meu rosto com a mão e seu polegar contorna meus lábios lentamente, me fazendo ansiar por aquele momento. — Olha pra mim e fala que você não sente isso desde o dia que a gente se viu, Flora. — ele diz ao abaixar sua mão e tocar gentilmente na minha mas logo sua mão sobe lentamente pelo meu braço a caminho da minha nuca, fazendo-me arrepiar dos pés a cabeça. — Me diz que você não me quer também. Me diz que realmente não quer mais falar comigo... — seu olhar está repleto de desejo e eu presumo que os meus não estejam diferentes. Percebo meu corpo bem longe do meu controle, já consigo sentir o calor se acomodando entre minhas pernas deixando-as bambas.
