• Capítulo 4 •

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pov Carol

   Mary chega no apartamento acompanhada por duas meninas. Uma negra e uma morena. A menina negra era muito, muito bonita. Seus cabelos era negros também e seus olhos eram azuis, o que dava um contraste lindo. A morena também não ficava de fora no quesito beleza. A menina parecia ser  meio arrogante, porém não não podia julgá-la sem a conhecer primeiro. Ela usava uma touca que tampava um pedaço de seus cabelos encaracolados e vestia uma roupa preta. Fiquei um pouco chocada com a beleza das duas meninas. Os meus colegas pareciam já conhecer as garotas e já foram as cumprimentando enquanto elas entravam. Nathi percebeu que eu estava meio perdida e resolver me apresentar a elas.

   - Carol, essa é a Giulliana...- apontou para a menina negra, que abriu um sorriso. - ... e essa é a Day. - apontou para a morena que sorriu também.

   - Oi. - digo envergonhada. Não era muito boa com isso de amizades e conhecer pessoas.

   - Oi, tudo bem? - pergunta Day enquanto pega uma bebida que Dreicon entrega a ela e vai até o sofá fazendo um gesto para eu segui-lá até lá.

   - Tudo sim e com você? - respondo quando sentamos no sofá que não tinha ninguém.

- Tudo também, obrigada por perguntar.

Ficamos um tempo em silêncio, só encarando as pessoas, até que eu decido falar:

- Então, Day, você é da onde?

   - Sou de Fiji, mas mais especificamente de Suva, que fica na Oceania. É a cidade mais importante e populosa de lá. É onde meus pais tem uma pousada, que era dos meus avós. Amo aquele lugar, mas não tem tantas opções para educação e coisas do tipo como tem aqui. Fui meio que obrigada a me mudar, mas pelo menos vim para a Alemanha e não pro Canadá como meus pais queriam. Aquele país não me traz lembranças muito boas, mas isso é história pra outro dia... Hm, tua vez, da onde vens? - pergunta virando o rosto, que antes encarava o movimento da rua que se via pela grande janela ali presente, em minha direção e em seguida dando um gole em sua bebida.

   - Venho do Brasil, mais especificamente de Curitiba. Fica na região sul. Amo minha cidade também e, principalmente, a escola onde eu estudava, porque tínhamos aulas diferentes das outras escolas, como, por exemplo, as de canto e instrumentos como parte do currículo, mas era meu maior sonho vir morar pra cá. Estudava alemão lá na escola e fiquei interessada quando ouvi a palestra sobre como estudar aqui. - respondo a encarando. - Eu nunca pensei que um dia iria conseguir realizá-lo, por isso estou muito empolgada com tudo. Não posso negar que estou um pouco nervosa com tudo, mas eu vou conseguir.

   -  Então era verdade que teríamos uma brasileira entre nós. - afirma e eu dou uma risada enquanto reviro os olhos. - Enfim, fico feliz que esteja realizando seu sonho. De verdade. Sei quão bom é ter a oportunidade de realizar um e daria tudo para realizar os meus.

   - E por que não tenta realizá-los? Por mais clichê que isso soe, nada é impossível. Você é capaz de realizar o que quiser, tenho certeza disso. - falo voltando a olhar em seus olhos. - Esse negócio de que só você é capaz de conquistar os seus objetivos, é real, então não demore muito para ir atrás deles. Sério. E qualquer coisa, conte comigo. Posso não ser muito boa em conselhos, mas sei escutar bem as pessoas. - termino e sorrio.

   - Nossa, nem sei o que dizer. Mal te conheço e já te considero pacas, viu? Obrigada por isso, de verdade. - agradece com um sorriso no rosto. Eu ia continuar a conversa, mas Nathi nos chama:

- Estávamos pensando em tocar e cantar alguma coisa. O que vocês acham? - Dou um sorriso, eu amava cantar.

- Meu Deus, vamos sim. - Day responde botando em palavras a minha sensação ao ouvir ele fazer aquela pergunta. - Alguém tem violão?

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