pov DayCarol aceitou minha companhia até sua casa, então logo nos despedimos do resto da galera e fomos em direção aos elevadores para irmos embora. Carol realmente não parecia muito bem. Fiquei preocupada com a garota. Eu a conhecia fazia poucas horas, mas esse tempo que passamos juntas já foi o suficiente para me fazer ficar preocupada. Eu sabia como era complicada essa mudança de realidade repentina. Passei por isso uns anos antes e, assim como Carol, meu corpo não reagiu muito bem nos primeiros dias em um país tão longe e tão diferente de casa.
- Então, preciso que você me guie, porque não lembro onde vocês moram. - eu disse, depois de um período em silêncio, enquanto saíamos do prédio. Carol pareceu levar um susto ao ouvir minha voz. - Tá tudo bem?
- Ah, eu estava só pensando na vida mesmo, acabei me distraindo. Moro há 10 minutos daqui, na Bunßenstraße. - disse me olhando com um sorriso tímido nos lábios. Assenti com a cabeça e a deixei ir na frente.
A cidade durante a noite ficava muito bonita, cheia de luzes e com diferentes idiomas sendo falados ao fundo. Acho que isso era o que eu mais me encantava ali. As mais diferentes pessoas e culturas vivendo juntas em união. Carol parecia encantada com aquela nova perspectiva da cidade. Seus olhos brilhavam e a cada esquina ela fazia um novo comentário sobre como achava seu novo país cada vez mais lindo.
- Sabe, Day, eu já to sentindo falta do Brasil, mas, ao mesmo tempo, eu to amando tanto estar aqui...- fala e para de caminhar. - Olha isso, tanta gente diferente num só lugar. - volta a caminhar, mas para de volta subitamente me fazendo quase tropeçar nela. Carol, então, cai desmaiada com a cabeça em meus pés. Por sorte eu consegui segura-lá, mas isso não a impediu de fazer um barulho um tanto quanto alto quando suas pernas bateram no chão. Eu entrei em desespero sem saber o que fazer, mas por sorte umas pessoas passeavam pela calçada naquele momento e vieram correndo quando ouviram o barulho da garota caindo. Eu não sabia o que fazer. Tentei a chamar algumas vezes, mas nenhum sinal. Um garoto que se aproximara ao ouvir o barulho diz, então, ser estudante de enfermagem e eu, desesperadamente, digo à ele para fazer alguma coisa. O rapaz começa a tentar fazer a ruiva acordar.
Depois de uns cinco minutos que pareciam não passar nunca, Carol finalmente acorda.
- Carol, pelo amor de Deus, que susto. Você tá bem? Se machucou? - pergunto embolando uma palavra na outra por estar falando tão rápido.
- Tá tudo bem. Eu acho. - diz enquanto tenta se levantar, parecendo confusa ao ver que está em meus braços.- O que aconteceu?
- Você desmaiou do nada, me deu o maior susto. - respondo tentando falar o mais calmante possível.
- Oi, eu sou o Johann. Sou estudante de enfermagem e vim te ajudar. Você tá sentindo alguma dor na cabeça ou algo do tipo? - O menino que ajudou Carol indaga.
- Oi, Johann. Sou a Carol. - cumprimenta Carol. - Não, não to sentindo nada não. Acho que não cheguei a bater a cabeça.
- Realmente, você não bateu. Consegui te segurar a tempo. - digo e ela sussurra um obrigada. - Você acha que ela precisa passar no hospital, ou algo do tipo?
- Não acho que seja necessário, só recomendo que ela não faça grandes esforços. - responde o menino, a quem em dirigi à pergunta.
- Certo. - digo. - Vielen Dank für seine Hilfe. (Muito obrigada pela sua ajuda.) - agradeço ao rapaz e, depois dele dar algumas recomendações à Carol, nós continuamos nosso caminho em direção a casa dela. Dessa vez, pedimos um Uber nos levar até lá, já que eu não queria que Carol se esforçasse mais.
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Liebe
FanfictionCarol vai estudar na Alemanha e acaba conhecendo diversas pessoas novas, entre elas um possível amor. Será que vai dar certo?