Capitolo Undici

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" I'm fired up and tired of the way
That things have been "

                ( leia ouvindo a musica! )
————————————————————————Lorenzo D'Angelo

1, 2, 3... Esse é o quanto eu conto até jogar meu copo de whiskey na parede. Todos ficam calados. Todos me olham. Mas eu não, eu fecho os olhos. Além de ter acabado de acontecer um ataque na minha festa de noivado, meu pai, infelizmente apareceu. Domenico já conhecia o meu jeito, então ele simplesmente tira todos da sala, sobrando só nós e meu irmão. Estralo os dedos, e esse é o único som audível, até que Cristian resolve abrir a boca.

— Não perdemos tantos soldados assim, Lorenzo. A questão é: por que estão querendo atacar a gente bem agora?

Abro meus olhos novamente. Podia sentir meu olhar assassino ao virar e encara-lós, mas juro que tento falar com calma.

— Não é óbvio, porra? Eu vou me casar. Vou ter um herdeiro. E além disso, nós já estamos na maioria dos países, o que dificulta para os russos transporte de carga e passar despercebido. — falo entre dentes.

— Eu acho que a questão que você deveria pensar agora, era porquê estão querendo matá-la. — comenta Domenico firme.

Não gostei daquilo. Estavam se importando demais com o que era MEU.

— Eles querem destruir minha honra, porra! PENSEM DIREITO. E CHEGA DE FALAR DELA. NÃO INTERESSA A NENHUM DOS DOIS! — grito dando um soco na mesa.

Vejo Cristian assobiar e dar uma volta, colocando as mãos no bolso e me olhando com o maxilar trincado. O bastardo estava se segurando para não rir.

— Porra, quem diria! Lorenzo com ciúmes de uma mulher, você viu isso chegar? Eu não. Foi tipo um soco no estômago.

Cerro minhas mãos, pronto Para dar um soco na boca dele, que começava a formar um sorriso perfeito.

— Ei Cristian, nem comenta disso, daqui a pouco ele mesmo pega a faca de cozinha e vem aqui nos matar.

Os dois não se seguram e começam a rir, o que me estressa ainda mais, e faz com que eu jogue tudo que estava em cima da mesa no chão. Os dois me olham com as sobrancelhas arqueadas. Somente eles dois não tinham medo de mim, e eu só confiava 100% neles, em mais ninguém, nem mesmo em Theodore.

— CHEGA PORRA! EU MANDEI PARAR. ACABAMOS DE PERDER DEZ HOMENS, E VOCÊS ESTÃO BRINCANDO DE CASALZINHO APAIXONADO.

Eles se calam. Agora sabiam que era sério, e realmente precisávamos focar. Tínhamos tido uma perda pequena, com certeza o outro lado perdeu mais, mas não era motivo para ficar brincando. Era necessário contra-atacar. No mesmo momento, Domenico se afasta e pega um mapa com os principais pontos onde os russos traficavam ou recebiam mercadorias, e então ele começa a falar:

— Tudo bem, vamos ao trabalho. Aqui na Itália os russos não tem muito poder comercial, e não costumam receber grandes mercadorias. Na Alemanha, até há um ponto mais forte, aqui. — aponta onde ficava Berlim. — Lá tem realmente muito tráfico humano, e eles costumam receber prostitutas que levam para dois principais bordeis: lebendiges Gold e türkisblau. — faz dois círculos no mapa.

— Eu não acho que seja inteligente atacarmos esses bordeis. Eles nos atacaram diretamente, vieram até nossa casa praticamente, um atentado contra nossa família. Você acha mesmo que eles vão se sentir incomodados por perder algumas prostitutas? Eles vão simplesmente traficar mais pessoas. — Cristian diz, olhando para mim.

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