O beijo da morte

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Naquela noite eu a hipnotizei com meus encantamentos sombrios para que ela não visse em minha face o demônio que me aflorava. Fui rápido e preciso, não deixei que sentisse dor, apenas uma letargia doce, da qual só acordou no outro dia. Ela ficou confusa, mas ao lhe explicar tudo ela caiu em horror pelo que lhe fizera, mas a paixão de humana falou mais forte e se rendeu aos meus braços. Eu a completei naquela noite, assim, deixando que virasse minha rainha. A rainha das trevas. Não consegui conter minha amada apenas com meus ensinamentos, Clarice destruía tudo que surgia em sua frente, sem deixar nada inacabado. Ela era perfeita. Eu criei a mulher perfeita da noite. Mas isso acarretou em comentários por toda a população de Londres.
“O animal está entre nós”
“O demônio nos assola”
Não tardou muito para que a Igreja começasse um toque de recolher, afinal a cidade estava pavorosa, um animal sanguinário lhes acolhia na vastidão da noite.
Clarice mudou-se comigo, para um casamento honroso ao anoitecer, jamais apareceríamos a noite. Inventava desculpas para o pai, Sir.Lord Baltimom, o qual sempre gostara de mim. Vivemos em uma mansão separada dos arredores. Eu não queria ela exposta, sempre lhe trazia andarilhos, mendigos, desapropriados de fé e residência, pessoas que não fariam falta a sociedade. Mas sua sede era perversa, era impulsiva. Em uma longa noite de horror e lamúrias eles vieram. 30 anos eu os procurei sem sucesso, sempre surgindo em momentos certos e precisos para desmascará-los, mas eu nunca os encontrei.
Eles a encontraram!

Rainha de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora