Em Chamas

3 1 0
                                    

Aquelas casinhas inóspitas de madeira, com estrutura medieval em nada me aplacariam. Comecei pela Catedral. O incêndio que provoquei, depois de sugar todas as vidas que me tomavam a frente, bebia sangue por ódio. Por raiva, vingança. Queria aplacar minha dor e chama-los para um confronto. Eu me deleitaria com seu sangue pulsante por clemência e não teria piedade. O incêndio foi para aplacar os corpos, precisava tirá-los de seus esconderijos. E os tirei. Suguei cada alma de seus corpos até não restar mais nada, ficando apenas Joaquim, um antigo pretendente de minha amada e seu horrível pai. Baltimom não se opôs as minhas presas, mas não o matei logo, arranquei-lhe cada membro devagar, proferindo minha angústia e raiva. Por fim, retirei o medalhão que carregava no pescoço e estraçalhei sua jugular mais por vingança e prazer do que por fome. A cidade toda queimou, apenas foi noticiado que não souberam onde começou e que apenas 9 membros haviam morrido. Blasfêmia! Eu matei muitos, não tiveram tempo de contar os corpos, mas para eles só era preciso lembrar do Clã. Mas apenas um ficou de fora. Eu não o encontrei, mas jurei vagar pela escuridão para achá-lo, afinal, seria eterna para ambos, pois eu conseguira transformá-lo em sua pior angústia, um ser das trevas.

Rainha de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora