Ji Haneul
Eu sabia que beber não era o meu forte, mas esse reencontro superou meu porre de ontem. Como esse homem famoso mundialmente conseguiu sair da china e vir ate aqui sem ser reconhecido pelas fãs loucas. Nunca saberei.
- Me recuso a falar com você, Yixing! _ Eu tenho que me fantasiar de má. Isso não pode acontecer.
- Méilǐ! _ Nossos olhos se cruzam e fixam por alguns segundos.
Minha respiração estava acelerando aos poucos, pois já podia sentir meu coração quase saltando do meu peito. Ele se aproximava ainda mais.
Esse cheiro, como me conter se ele todo me deixa insana? Como?
Minha pele responde ao seu toque e ali antes mesmo dele se desculpar eu lhe dou um beijo. Meus sentimentos explodem dentro do meu peito, todos esses dias sem senti-lo. Fecho os olhos quando ele retribui o beijo, seus braços me seguram com força e eu sei que tudo o que sentimos é ingênuo e lindo, esqueço do mundo ao nosso redor e me concentro no agora, nossas respirações sincronizam como as ondas com o vento e alguns segundos se tornam horas. Abro os olhos e retorno ao caos que é o mundo que nos rodeia.
- Nós precisamos conversar, mas primeiro vou te tirar daqui. _ Sua voz saiu tão firme que nem pude responder apenas o acompanhei.
Nós estávamos nos esquivando de tudo como dois fugitivos, mas podia compreendê-lo se alguém reconhecesse o rei do pop chinês correndo de hospital a fora com uma desconhecida, isso não pegaria bem pela segunda vez.
Corri, corri sem nem pensar no que poderia acontecer amanhã. Sabe aquele clichê bem meloso onde o galã puxa a mocinha pelo pulso, os dois saem correndo com expressões felizes e de repente começa a chover, mas mesmo assim eles não param de correr. Na verdade não foi assim tão belo, eu ainda estava com o rosto todo inchado e roxo, mas pude me imaginar dentro de uma novela asiática. Sorri.
Entramos no carro e ao sair vi o Jung na porta do hospital, meu coração apertou, me senti tão mal que não pude controlar as lágrimas. Isso tudo é tão injusto.
Então me dei conta que minha cabeça doía muito.
Um tempinho depois chegamos ao meu prédio, entramos pelo subsolo a única maneira de passarmos sem sermos percebidos.
- Eu preciso descansar, sofri um acidente e não me sinto muito bem. _ Ainda estávamos dentro do carro quando falei isso e eu tentava não deixa-lo sair.
- Precisamos entrar e conversar tenho que te contar que tudo o que fiz tem um objetivo não quis te magoar. _ Seu olhar era firme fixo nos meus.
Ele coloca o capuz novamente e desliga o carro, saímos os dois de mãos dadas como um casal de namorados. Sorri. Eu gostei daquele momento, mas sabia que ele estava enfrentando muita coisa por nós, e não me sentia confortável com isso.
Eu estava exausta algumas peças de roupas estavam em cima da minha cama ainda da noite anterior nem me importei.
-Você já veio aqui alguma vez? Bem, sinta-se a vontade! _ Fiz um gesto com a cabeça para ele.
- Vou tomar um banho trocar essas roupas de festa e já volto. Você quer um café, leite? _
-Não, eu estou bem!_
-Certo. _ Respondi enquanto entrava no banheiro. Tomei um banho quente mais rápido do que um piscar de olhos e corri de volta para a sala.
Assim que apaguei a luz do banheiro ouvi um som estranho, estiquei a cabeça para tentar vê-lo de onde estava e o que conseguir ver foi seus pés embalados por uma meia de lã preta. Sim ele estava deito no meu sofá apenas com os pés para fora, dormindo. Fui até lá e não pude acorda-lo. Era a coisa mais linda de se ver.
Então fui até meu quarto e peguei uma coberta macia e lancei com calma por sobre ele que não acordou e nem se quer se mexeu o deixei ali para descansar. No meio da noite acordei um tanto assustada tinha a certeza de sentir algo tocando meu pé esquerdo. Não me movi, me recusei até mesmo a respirar, peguei as pontas do edredom que me cobria e fui descendo-o até metade do corpo. Quando me virei soltei um longo grito que fez meu convidado espertinho pular da cama e cair no chão, no mesmo instante dei uma risada. Tinha esquecido totalmente que tinha uma visita oportuna em casa.
- Ei, o que faz aqui?
- Vim ao seu quarto em busca de um cobertor, lá fora estava muito frio, mas acabei por não encontrar nem um e resolvi deitar aqui do seu lado. Não achei que seria problema.
- Não, não tem problema. _ Ele levanta e vem na minha direção senta-se ao meu lado e em meio a risadas o momento oportuno surge novamente.
Nos beijamos.
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Fique Ao Meu Lado
FanfictionComo deve ser trabalhar com alguém que você ama e é fã. Viver como uma fã, ou manter-se escondida atras da ética profissional. Essas são as questões vividas pela jovem Haneul. Ir a Coreia estudar parecia uma boa ideia, até e entre muitas idas e vind...