Como deve ser trabalhar com alguém que você ama e é fã. Viver como uma fã, ou manter-se escondida atras da ética profissional. Essas são as questões vividas pela jovem Haneul.
Ir a Coreia estudar parecia uma boa ideia, até e entre muitas idas e vind...
"Foi há muito tempo, mas descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque, de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar."
O Caçador de Pipas – Khaled Hosseini
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Haneul
Acordei e estava em casa, coberta dos pés a cabeça pelo edredom que joguei pelos ares e quase caí da cama quando me lembrei da noite passada. Olhei para o criado mudo e meu celular não estava lá, procurei por toda cama passando a mão por baixo das cobertas, até me recordar do beijo novamente.
- Será que isso vai ficar se reproduzindo na minha mente o tempo todo? _ Revirei os olhos. Meus pensamentos iam de um lado a outro em segundos. Joguei-me na cama novamente, coloquei o rosto na almofada tapando meu super grito.
A campainha toca atrapalhando meu surto, levantei com o susto e fui até a porta.
Se eu jogasse na mega sena nunca acertaria, mas se me perguntassem: Quem você acha que está batendo na sua porta às oito da manhã no seu dia de folga? Com toda certeza eu responderia: Jung Shin!! E Não seria a primeira vez.
- Olhando direitinho, é a primeira vez que ele toca a campainha! – Arregalo os olhos e levo as mãos até a boca, que acabara de fazer um pequeno ''O''.
Aproximei mãos da maçaneta e meu corpo todo tremia, nunca imaginei ficar assim ao ver meu melhor amigo na porta.
Soltei o ar pesado com toda força. ''Para com isso, que a maioria dos amigos se beijam e não tem problema nem um disso acontecer.'' Falei para mim mesma.
Abri a porta. Esfreguei os olhos dentando parecer que estava ainda com sono, acho que ele caiu nessa, mas custa nada enfatizar o drama.
- Meu Deus Jung, porque tão cedo? _ Esfreguei mais um pouco os olhos e me distanciei dele, indo até a cozinha.
Abri a torneira, liguei a cafeteira elétrica e fiquei debruçada na pia.
- Você quer café? _ Perguntei, ainda de costas para ele.
Droga! Não têm pó de café! _ Exclamei.
- Vou ali rapidinho e já volto. _ Virei tão rápido que não percebi que ele já estava ao meu lado.
- Espera, precisamos conversar. Sua mão segurou meu pulso.
A essa altura eu já nem sabia o que fazer. O silencio pairava ali, eu não fazia ideia do que falar ou como agir, e pelo ar de desapontamento, ele também não.
- Você se lembra de alguma coisa que aconteceu ontem a noite? _ Ele me lança um olhar desesperador, eu estava confusa demais pra responder outra coisa além de...
- É claro que lembro! _ Soltei as mãos dele do meu braço e puxei uma cadeira. Estiquei o a mão e pedi para que ele se sentasse ao meu lado.
- Jung, eu ... _ Ele me interrompe.
- Eu sei, eu sei o que você vai dizer, eu estava bêbado e você também, somos amigos além de tudo isso. Não se preocupe nada irá mudar! _ Eu nunca tinha visto aquele olhar, ele não estava bem e tudo isso é por minha culpa.
''Eu não deveria ter tomado todo o seu tempo, deveria ter sido uma boa amiga apenas isso. Ter deixado você ir embora.''