Capítulo 6

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Na segunda feira voltei à escola, a vontade de estudar não era muita mas o que é que eu posso fazer? É a minha obrigação enquanto adolescente.

A minha família decidiu que na semana que vem iríamos tirar 5 dias de férias devido à situação do meu pai. Eles tinham algumas economias desde que casaram, não iríamos gastar tudo mas merecíamos um descanso, nem que fosse psicológico.

Assim que cheguei à escola desloquei-me até à secretaria e pedi para falar com a diretora. A funcionária foi bastante simpática e quando voltou pediu que eu a seguisse.

- Podes entrar querido.

- Obrigado.

Bati à porta e a diretora pediu para que eu entrasse.

- Bom dia. Posso?

- Claro. Em que posso ajudar?

- É o seguinte, este fim de semana fiquei a saber que o meu pai está muito doente e pelo que percebi a médica não lhe deu muito tempo de vida.

- Sinto muito, estou aqui para o que puder ajudar.

- A minha mãe e o meu irmão decidiram que na semana que vem deveríamos tirar férias em família para que pudessemos tornar o tempo que resta um pouco melhor para todos e eu estava preocupado por causa das faltas.

- Acho que é uma ideia maravilhosa, acho que não há qualquer problema, eu vou falar com os teus professores assim que puder e explicar a situação.

- Muito obrigado.

- De nada, mais alguma coisa?

- Não, é só.

- Ótimo, não chegues atrasado à aula. - disse depois de olhar para o relógio.

- Certo, até à próxima. - disse estendendo a mão.

- Até. - respondeu e apertou a minha mão.

Esta senhora é provavelmente a melhor diretora que esta escola já viu, se o diretor ainda fosse o Sr. Henry certamente eu não teria a mesma sorte.

Entrei na sala e a maior parte da turma já estava presente, querem adivinhar quem é que é da minha turma? Isso mesmo, o João. Não sei o que é que havia naquele grande filho de uma p*** mas ele era muito atraente, as tatuagens nos seus braços diziam que de certa maneira ele era perigoso. Por que é que eu estou a sentir isto? Não sei, sempre fui uma pessoa calma e o típico "bom menino". Porque é que não me podia sentir atraído por alguém como eu? Mas foi impossível não reparar nele enquanto entrava na sala.

Aquele sorriso era dos mais bonitos que já vi em toda a minha vida. Pára Manny, se continuares a pensar nestas coisas só vais apanhar mais um desgosto.

João Montenegro

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João Montenegro


Digam, como é que é possível resistir a um homem destes? Não é, mas eu tinha de conseguir. Se a Anne soubesse dos meus pensamentos sobre o "homem dela" era bem capaz de me matar.

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