O que está fazendo?

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- Changkyun, cala a boca. - Ditei emburrado, caminhando a passos duros pela sala enquanto o Im tentava a todo custo me segurar.

- Então admita. - Pegou em meu braço e eu o afastei com um tapa.

- Eu não vou admitir algo que não é verdade. - Encarei-o com o cenho franzido, corando tão violentamente que tive medo dele perceber o meu abalo.

Deus, Changkyun acaba com meu psicológico.

- Claro que é verdade. - Sorriu convencido, possivelmente notando o quanto eu estava perdido.

- Não é, não. Para de ser ridículo. - Tentei passar ao lado dele, mas percebi o meu erro quando Changkyun me envolveu em seus braços e apertou-me contra si. - Yah, me solta. - Bati em seu peito, percebendo que aquilo só o fazia sorrir mais.

- Só depois que você admitir que sentiu minha falta. - Ditou convencido, sorrindo ladino e quase fazendo-me ceder àqueles lábios pecaminosos.

- Que absurdo. - Eu claramente estava mentindo, pois eu havia sim, sentido falta do Im nesses dois dias em que não nos vimos, mas Changkyun é convencido demais para ouvir isso da minha boca, pois sei que ele usaria essa jogada contra mim sempre que possível. - Me deixa em paz. - Tentei empurrá-lo, mas isso só o fez me apertar ainda mais.

- Então eu vou beijar você. - Sussurrou travesso, aproximando-se tão rapidamente que nossos lábios ainda se tocaram antes que eu conseguisse virar o rosto completamente.

- Changkyun, não. - Resmunguei choroso, tentando inutilmente desvencilhar-me de seu abraço.

- Changkyun-ah, você precisa que eu... - Ouvi alguém dizer e virei-me assustado para a mulher que nos ancarava de olhos arregalados. - M-Me desculpe, eu não sabia que havia trazido um visitante. - Changkyun riu, soltando-me antes de passar a mão pelos cabelos.

- Noona, Kihyun já é de casa. - Olhou para mim e, sem qualquer discrição, andei para o lado, segurando a barra da camiseta com tanta força que mal pude sentir a ponta de meus dedos. Meu Deus, que vergonha. - Aliás, você não tinha um compromisso? - O Im deu alguns passos para a frente e eu apenas me mantive parado, observando a conversa entre os dois.

- Sim, mas eu queria saber se precisa de mais alguma coisa. - Encarou-me brevemente e senti-me ainda mais envergonhado quando ela sorriu sem jeito.

- Não, pode ir em paz. O Kihyun não vai deixar eu me encher de porcarias caso esteja preocupada com isso. - Revirou os olhos, encarando-me brevemente antes de sorrir e virar-se para a mulher novamente.

- Você sabe, sua saúde é muito importante. - Suspirou ao final e naquele momento eu percebi o quanto Changkyun é mimado.

- Eu sei e prometo que vou me comportar. - Ergueu uma das mãos em sinal de paz, mas eu vi claramente seus dedos cruzados atrás das costas.

- Tudo bem então, voltarei mais tarde. - Pegou a bolsa sobre o sofá e a colocou em um dos ombros.

- Pode tirar o dia de folga se quiser, o Kihyun vai cozinhar hoje. - Apontou para mim e eu só não gritei indignado pois ainda não havia me recuperado daquele baque.

- Changkyun, isso é escolha sua ou do seu amigo? - Colocou as mãos na cintura, fazendo o mais novo torcer o nariz.

- Noona, vamos morrer de fome se ele não fizer. - Deu de ombros, fazendo a mais velha suspirar após verificar seu relógio de pulso.

- Eu adoraria discutir sobre bons modos com você, mas já estou no meu horário. - Caminhou em direção a porta, mas sempre observando o loiro que permanecera parado.

Good Boy 《ChangKi》Onde histórias criam vida. Descubra agora