Capítulo 18 "Alguém do meu passado"

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Dimitri 

Nunca fui muito do tipo... "romântico", talvez por não saber ao certo, expressar os meus sentimentos, contudo, ao conhecer Roza, meu mundo mudou de tom, e coisas que antes nunca senti ou pensei em sentir, despertaram como um vulcão adormecido dentro de mim.

Já tive relacionamentos antes, que de longe, em nada se comparam com o que sinto por esse doce anjo inglês!

Finalmente teríamos um encontro – de fato!

O clima não era dos melhores com o Sr. Mazur, e agradecia aos céus pela Sra. Mazur nos apoiar com tanto esmero. Ela era realmente uma mulher doce, gentil e encantadora, Roza teve a quem puxar!

Parado ao pé da escada, ansioso como um adolescente eu aguardava por aquela, que em meio as noites invadia os meus pensamentos, trazendo os sonhos mais arrebatadores que eu pudesse imaginar!

Ao em fim avistá-la, faltaram-me palavras para descrever o quão bela ela estava. Pude ver o brilho em seus olhos e o rubor em sua face enquanto a fitava.

Roza! Você está deslumbrante! — digo, sem conseguir desviar os olhos de sua beleza encantadora.

— Obrigada! — disse ela, com um lindo tom de pêssego estampar-lhe a face — Você também está lindo!

— Não tanto quanto você! — digo, negando-me a ser comparado a tal beleza — Vamos?

Estava uma noite adorável. Nunca parara – de fato – para apreciar o clima de Londres, contudo, estava perfeitamente agradável, com uma brisa leve que trazia consigo uma inusitada e desconhecida fragrância no ar.

Ao chegarmos ao restaurante, rapidamente, como um perfeito cavalheiro – que me esforçava em ser – abri a porta do passageiro, estendendo a mão para aquela encantadora donzela.

A leve brisa batendo a nossa face, trouxe consigo o delicioso aroma que emanava de Roza, que sob a pouca luz do curto caminho que levava a entrada do restaurante, inconscientemente, mordia o lábio inferior. Senti meu coração acelerar, e os meus lábios clamavam pelos seus.

Em um impulso, a envolvi em um intenso e demorado beijo .

Foi somente quando senti o ar nos faltar aos pulmões, que depositei minha mão a sua cintura, e a conduzi para dentro.

Roza me surpreendia a cada momento, seja com seus gestos graciosos e sua fala suave, até mesmo ao pedir uma garrafa de vinho ao invés de um taça – ela sabia que eu não beberia está noite – hipnotizando-me com seu doce e irresistível sorriso.

— Esta é uma noite especial! Um bom vinho não deve ser desperdiçado! — disse ela lançando uma piscadela um tanto travessa em minha direção.

— Só não exagere, ou seu pai não terá a mesma delicadeza desse vinho! — digo lhe provocando.

Estávamos imersos em uma calorosa conversa sobre minha vida na Rússia, quando de repente, penso ter ouvido uma voz familiar chamar pelo meu nome. Foi somente ao ouvir meu nome sendo chamado pela segunda vez, percebi ser de fato a voz de Cat...

— Dimitri??? — disse ela — Dimitri é você?

Neguei-me a acreditar no que os meus olhos viam...

— Catrina??? — digo, reconhecendo a surpresa em minha própria voz.

Não pode ser! O que raios ela estaria fazendo ali?

— Oh Dimitri, já faz um tempo! — disse ela, depositando um beijo demorado em meu rosto — Por onde tem andado?

Catrina... Catrina Barkov! A mulher que um dia pensei ter amado!

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