Sanctum sanctorum

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Estou a meia hora esperando o Wong voltar da barraquinha de lanches do Francis

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Estou a meia hora esperando o Wong voltar da barraquinha de lanches do Francis. Às vezes acho que Wong passa em outros locais antes de comprar nossa refeição da tarde. Meu estômago está a mil... por mais que eu queira abrir um portal direto no Francis, eu deixaria o pobre trabalhador angustiado e perturbado no mínimo... estou observando o movimento da rua, Nova Iorque tem uma arquitetura e atividade que me fascina. Quando não estou conjurando feitiços, estou observando a cidade que ao anoitecer fica mais bela.
Ouço pegadas e enfim, sei que é Wong.

- Wong... Eu te falei que queria pra ontem! - Desço as escadas e quando observo bem o hall de entrada, vejo Wong segurando uma jovem ferida. - Céus! Wong por que não me chamou? - Corro até eles. Observo a jovem de cabelos castanhos desmaiada.

- Mestre, eu caminhava destino ao Francis, e esta garota se meteu na minha frente chamando pelo senhor. E logo desmaiou.

Wong tremia devido ao grande peso que trouxe. Eu a coloco em meus braços e subo para minha sala de meditação.

A garota mal respira.

- Wong, traga a esfera de agamotto. - Peço, mas Wong parece hesitar mesmo assim corre até minha escrivaninha e traz para mim o artefato.

- Mestre Strange, como a esfera de Agamotto poderia...

- Wong, confie em mim... - Digo. Tendo a clarividência que a esfera me proporciona, vejo em flashes momento que possa me revelar quem atacou a jovem. Mas é impossível... tento vinte mil vezes e apenas pula o momento do ataque.

- Mestre, o que houve?

- Wong, é magia negra tão poderosa que nem mesmo a esfera consegue me revelar qual seria... esta bloqueada... - Não faz sentido... A morena de rosto machucado arfa inconscientemente e seus lábios ficam azuis. De repente ela para de respirar de vez e eu estou ficando sem opções, todo seu corpo... as veias...

- Mestre, as veias dela está... verde... o que... - Wong é um aluno muito exemplar, sempre foi bem dedicado e cuidou de me no começo de minha trajetória cética, se ele que é mais experiente nesta área de encantamentos não descobriu do que se trata os sintomas, quem dera eu... um mero mestre das artes místicas com dois anos no cargo?

De relance, uma ideia surge e talvez isso poderia resolver... pela feição de dor da moça, seja psicológico, apesar de seu corpo está todo machucado, não quer dizer que o mesmo que a feriu mentalmente seja o agressor físico... uso a técnica do mesmerismo... após uma longa tentativa de entrar em sua mente, vejo árvores, rios, chuva e... E... não consigo me concentrar os pensamentos dela está me deixando fraco. Quando penso em desistir, lá está a causa de seu sofrimento, outra pessoa havia aprisionado um demônio na sua mente. A pobre moça é a hospedeira.

"Et tu, o daemonium autem conturbat vos adepto ex huius anima quae non dat vos proposita!"

- Wong, traga um pote bem resistente! - Ordeno, logo Wong aparece com uma caixa encantadora de demônios de que ganhei de Mordo.

O demônio sai e meu aprendiz tranca o rapidamente. A grande caixa pula do chão, o demônio está louco para sair. Nem a pal ele sairia.

Quando apaziguou, a jovem respira lentamente em estado de coma mental. Wong não consegue comer seu lanche, eu também não estou no clima.

Após um bom tempo, peço a Wong para descansar já que eu ficaria ali observando caso acontecesse algo eu o atualizaria.

Vejo ela se mexendo e em sobressalto, ela pula da cama e me observa assustada.

- Quem é você?! - Indaga em meios aos gritos. - Ai jesus... vao vender meus órgãos... - Diz aflita. Mesmo falando em outro idioma, eu a entendo.

- Jovem, relaxe, não irei pegar seus órgãos, apesar de eu ser médico. - Digo rindo. - Por favor, relaxe. - Em tom calmo, falo. A moça reluta de início até arregalar os olhos parecendo lembrar de tudo. - Eu me chamo Stephen Strange, mas todos me conhecem como Doutor Estranho.

- Então você é o tal Doutor Estranho! - Diz surpresa arregalando os grandes olhos castanhos. "Ela me conhecia?" Durante esse tempo pensativo, abaixo minha guarda e a moça me esbofetea o rosto.

- Aí! - Grito baixinho. E a seguro a mão. - É isso que ganho após expulsar um demônio dentro da sua cabeça bagunçada,pessoa ingrata?

- Desculpa... não sei o que deu em mim... - Diz chorosa. Avalio sua feição carregada de culpa. Reviro os olhos e solto um ar furioso.

- Tudo bem, eu fui estupido e abaixei a guarda. - Comento. Estudando sua fisionomia, ela é alta para uma garota tão... jovem... digamos um metro e sessenta e seis... - Aliás, qual seu nome garota? - Digo brutalmente.

- Ayira. Ayira Fraga. - Balança a cabeça e levanta o olhar direcionado a mim. Sinto um frio na barriga que... - Sua barriga está fazendo um barulho estranho. Acho que está com fome...

Claro, meu estômago...


Doctor Strange e a aprendiz - 01 - Concluído.Onde histórias criam vida. Descubra agora