Capítulo 8

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Amanda

Durante a tarde terminei tudo o que tinha para fazer, desliguei o computador e coloquei os documentos no cofre. Lá fora já está escuro e eu nem percebi que o tempo tinha passado.Confiro se está tudo pronto, até porque há uma reunião no inicio da manhã de sexta e nada pode falhar, está tudo pronto. Visto o casaco e pego na minha carteira. Fecho as luzes e depois de bater a porta activo o código.

Este fim de semana vai saber muito bom, depois de uma semana estressante.

No saguão comprimento o segurança que se oferece para me chamar um taxi. Penso em recusar mas estou cansada demais, aceito e agradeço. Dez minutos depois estou a caminho de casa.

                                                                        ***

Depois de um banho relaxante com direito a sais de banho e muita espuma, estou completamente relaxada. Jogo a toalha no chão e vou até ao closet. Hoje preciso de me sentir confortável. Pego em uns shorts pretos e uma camisola larga branca meio transparente. Para completar faço um coque alto meio desajeitado. Também quem se importa ninguém me vai ver e não.

Agora só faltam mais umas coisinhas para uma noite perfeita.

Na cozinha preparo um macarão simples e escolho um vinho. Odeio comer sozinha.

Dou a volta ao balcão e coloco o copo e a garrafa de vinho na mesa, quando estou a pegar no meu prato a campainha toca. Não estou à espera de ninguém.

- Quem será a esta hora? - Pergunto em voz alta, como se alguém em pudesse responder.

Só pode ser o porteiro, o meu irmão está fora e só ele sabe que eu moro aqui. Abro a porta e sou surpreendida ao ver que quem está ali não é o porteiro mas sim o meu chefe, Marcus Petrakis...

Passa-se alguma coisa ele está sem gravata, alguns botões da camisa estão abertos e há alguma coisa muito estranha nos seus olhos. O homem ali na minha frente não se parece com aquele que vi à algumas horas no escritório.

- Eu vim para... - Ele começa mas parece estar a ter alguma dificuldade. - Para pedir desculpa.

Ele está ali na minha porta a pedir-me desculpa e eu não faço a miníma ideia do que dizer.

O que eu posso dizer?

- Não vais dizer nada? - Ele pergunta.

- Isto apanhou-me de surpresa. - Consigo dizer. - Não precisavas de vir aqui para pedir desculpas.

- Eu passei por aqui e decidi parar aqui. - Aquilo era mentira, ambos sabemos que ele está muito longe da sua casa. - Bem agora eu vou embora. - ele diz e começa a andar pelo corredor em direção ao elevador.

Será que ele já jantou? Eu podia...

- Eu ia jantar... - Começo. Ele virou-se para mim com um pequeno sorriso no rosto.

- Eu ainda não jantei, na verdade mal almoçei. - Ele diz enquanto se aproxima, ele parece entusiasmado. Ele está a convidar-se para jantar comigo?

Que mal faria, convidá-lo para jantar. Ele é meu chefe sim mas é sexta-feira à noite e tecnicamente eu deixei de ser assistente dele há mais de 4 horas.

Só então é que me lembro que estou com nos shorts minúsculos e que a camisola é meio transparente, se eu deixar que ele perceba que eu estou nervosa agora vai ser pior.

O melhor é fingir que está tudo bem.

- Eu tenho macarrão. - digo num tom sugestivo, sem fazer um convite direto.

Tu & EuOnde histórias criam vida. Descubra agora