Capítulo 6

1.3K 133 8
                                    

Marcus

Finalmente posso estar alguns minutos sozinho. Desde que cheguei tenho estado ocupadíssimo. Entre almoços, jantares e reuniões de negócios mal consigo falar com a minha mãe.

A Amanda está a sair-se melhor do que eu imaginei, quanto mais eu a desafio mais ela mostra o seu valor.

Ela é muito boa no que faz, bem não só no que faz mas ela esforça-se para conseguir o que quer.

Não reclama de trabalhar mais horas, não erra e faz um dos melhores cafés que eu já bebi.

Ela também é uma das mulheres mais fascinantes que já conheci, determinada, corajosa, inteligente.

Ela trabalha para conseguir o que quer.

Mas também sei que ela está a esconder alguma coisa por isso mandei investigá-la.

A vontade de a beijar, de a ter não diminui, pelo contrário a cada dia eu a quero mais. Por isso a faço trabalhar mais. Ontem ouvi ela a combinar de ir sair com as amigas amanhã à noite.

Eu não quero que ninguém a toque, não quero que um bando de parasitas pense que pode tê-la porque ela pode não saber mas ela já é minha.

É foi por isso que lhe dei o trabalho, se ela ficar até tarde hoje - e é impossível ela não ficar - amanhã vai estar muito cansada para sair à noite.

Vou pedir um jantar gostoso para nós e vou ajudá-la assim posso estar perto dela! A ideia pareceu bastante boa quando veio à minha cabeça.

Ouço alguém a subir as escadas e tenho a certeza que não é a Amanda. A pessoa a subir está a correr, então ouço.

- Pare já, não pode subir ai. - Agora sim é a Amanda, o que ouço a seguir é assustador, levanto-me e saio disparado porta a fora, no cimo das escadas está a filha do ex marido da minha mãe. O que ela faz aqui? Olho para as escadas e no fundo está a Amanda deitada.

- TU ATIRASTE-A DA ESCADA? - Grito para ela.

Ela é pior do que eu poderia imaginar, há mais ou menos cinco anos a minha mãe casou de novo. Ele era viúvo como ela e tinha duas filhas, uma delas está na França e a outra a louca na minha frente procura o marido prefeito para casar. Golpista.

Pelo menos para o bem da minha mãe o casamento não durou, dez meses depois descobrimos que o adorado marido era viciado em jogo e prostitutas e que a intenção dos dois era me fazer casar com a Lora assim ficariam com o meu dinheiro.

Nada correu bem para eles, hoje em dia o ex da minha mãe está falido, perdeu a casa e se não fosse a outra filha não teria o que comer e a Lora continua à caça pelos vistos.

Desço as escadas a correr e pego na Amanda ao colo. Ela está inconsciente, a minha vontade é de voltar lá cima e matar aquela louca. E se ela tiver partido alguma coisa? Será que foi boa ideia trazê-la para o sofá?

Porque é que eu sinto este aperto no peito? É como se o meu peito fosse explodir e depois esta insegurança. Pego no meu telemóvel e ligo para o meu chefe de segurança. Nós conhecemo-nos há anos atrás quando eu ainda tinha muito pouco, ele é a pessoa a quem devo a minha vida. Se não fosse por ele eu estaria morto.

- Ian chama uma ambulância. - Digo logo que ele atende.

- O que se passa Marcus? - Ele pergunta do outro lado, que merda ele já devia estar a ligar para a ambulância não a querer saber o que se passa.

- Liga para a ambulância e sobe à presidência imediatamente. - Digo com uma raiva que nem eu mesmo sei explicar. Quando vejo aquela vadia no fundo da escada arrasto-a e fecho-a na casa de banho, ela não se vai safar desta vez.

Tu & EuOnde histórias criam vida. Descubra agora