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Kihyun acordou com o despertador, e se levantou, indo se banhar.
Não sabia quando caiu no sono, mas nunca havia dormido tanto desde que entrou no ensino médio.

O pai, por sua vez, não o acordou, então acreditava que estava tudo bem.
Entrou na água quente, se banhando rapidamente, e saindo do  chuveiro, indo se vestir.

Arrumou o cabelo no espelho, e os óculos dourados. Desceu, indo para a mesa do café, vendo o pai tão rígido lendo o jornal.

— Dormiu cedo ontem, hein? — disse, vendo o filho tremer.

— Eu estava com dor de cabeça.

— Espero que recupere seu conteúdo perdido hoje, Kihyun — falou, dispondo o jornal na mesa — o diretor me ligou ontem.

Kihyun colocou o copo sob a bancada.

— O que ele queria, pai? — viu o outro pegar sua xícara em mãos.

— Me pediu para você não se aproximar do seu filho, Changkyun.

Kihyun mordeu os lábios, se virando de novo para a bancada.

— Por que um pai faria isso?

— Porque sabe que o filho é um merda — falou, engolindo o café — não sabia que você tinha conhecido a ovelha negra daquela família.

Kihyun se virou.

— Ele é o terceiro mais inteligente do colégio, é independente e sempre foi discriminado pelo colégio inteiro, literalmente tem um X nas costas que faz todo mundo o olhar com ódio ou nojo, e você me chama ele de ovelha negra? — Kihyun respirou fundo — pai, Changkyun é a melhor companhia que eu poderia ter nesse colégio.

— Oh, é mesmo? — riu — me dê três motivos.

"De novo não", pensou. Sabia que era praticamente inútil brigar com o pai, pois era uma casca grossa.

— Ele é estudioso, ele tem o pai mais influente daquele colégio, depois da família Chae — respirou fundo — e ele disse que entende a forma que você me ensina.

O senhor Yoo o encarou, com os olhos surpresos. Kihyun tomou sua xícara de café, e com uma maçã nas mãos, se despediu do pai. Não queria uma resposta dele. Só queria ter a liberdade de poder conversar com alguém pelo menos uma vez na vida.

Andou até o colégio, virando a esquina e vendo o moreno chegando de maneira lenta e cansada.
Correu até ele, e bateu em seu ombro.

— Ai — falou, tirando a mão do menor de seu ombro — o que você quer?

— Só vim te desejar bom dia, Changkyun — falou, sorrindo.

Changkyun bufou.

— Bom dia, Yoo. Agora se me der licença — falou arrumando a mochila — eu tenho que ir para a enfermaria.

— Já? — falou, surpreso.

— Estou doente, minha cabeça vai explodir, mas obrigado por me desejar bom dia, Kihyun.

Kihyun sorriu, e viu o outro entrar no colégio, sumindo de sua vista.
Suspirou, sorrindo, e se pegou fazendo tal ato. Se envergonhou, afastando o pensamento de sua cabeça.
Apenas seguiu em frente, entrando na escola e ouvindo o sinal tocar.

Era hora de estudar, ser o prodígio do pai, e pensar um pouquinho em Changkyun, por mais que não entendesse o motivo.

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oi, me dá uma estrelinha? 👉👈

BAD GUY | changkiOnde histórias criam vida. Descubra agora