BAD GUY | changki

1

aviso: essa fanfic TEM o intuito de ser clichê.

Kihyun amarrou os cadarços do tênis antes de sair correndo para o colégio.
Pela primeira vez estava atrasado, e sentia que iria morrer caso seu pai soubesse que o filho pródigo perdeu a hora porque não terminou a lição de casa cedo na noite passada.

Sentiu, na última esquina para chegar ao colégio que suas pernas iam quebrar de tanto correr, mas se aliviou assim que chegou na porta principal e ouviu o sinal tocar.
Sua vida estava a salvo.
Repôs o nervosismo de ter perdido o horário e tirou a garrafa de água da sua mochila, entrando na classe e se sentando na sua cadeira, e vendo o professor entrar logo em seguida.

Agora sim o dia estava começando, e Kihyun estava mais uma vez sendo tudo o que seu pai implorou para o garoto ser: perfeito.
Sentiu a cabeça doer depois de alguns minutos, até ver uma gota vermelha descer de seu nariz e parar na ponta da folha de caderno.
Apertou o nariz de nervosismo, mas isso só fez outra gota descer agora mais rápido. Levantou a mão rapidamente para o professor, que viu o garoto desesperado com o nariz sangrando, e deu uma pequena risadinha pelo desespero atoa de Kihyun, o permitindo ir para a enfermaria.

Kihyun correu para fora, indo rapidamente para o lugar onde seu professor o mandou ir. Chegou, e a enfermeira, uma senhora com um sorriso fofo, pediu para o garoto se sentar na cama de hospital que havia ali. Kihyun, se sentou, esperando a senhora limpar suas mãos com álcool em gel, e pegar o papel higiênico para Kihyun limpar o nariz, enquanto procurava um daqueles tampões de nariz.

— O que causou o sangramento, querido? — ela disse, quebrando o silêncio de Kihyun.

— Corri rápido demais hoje, vindo para o colégio — falou, vendo a senhora sorrir para o garoto.

— O professor te dá a matéria perdida depois, ok? Agora descanse o fim dessa aula e esteja na próxima — deu o tampão ao garoto, e abriu a porta da enfermaria, parecendo estar de saída.

Porém, assim que abriu, tirou o sorriso da cara e levantou o olhar preocupado para um aluno: Changkyun, o problema do colégio.
Estava com um corte na boca e um sorriso sádico, entregou o papel na mão da senhora e se sentou em sua cadeira, esperando a mesma fazer a cara de reprovação que fazia todos os dias.

Changkyun encarou Kihyun, que estava incrédulo, olhando para o outro, e piscou para o nerd, que corou feito um pimentão e se deitou rapidamente, virando para o outro lado.
Riu, e com o álcool em gel, limpou a ferida.

— Descanse esse fim de aula, e vá para a próxima, Changkyun — a senhora disse, recebendo um sinal positivo do outro, e saindo agora, da enfermaria.

Changkyun, respirou fundo antes de sair da cadeira e se deitar da cama à frente do outro, o encarando.

— Eu não mordo — disse, vendo o outro engolir a seco — o que aconteceu com você?

— Corri demais porque eu estava atrasado — disse, vendo o outro rir.

— Você é um cdf, certo? Agora eu sei porque nunca te vi nos corredores.

Kihyun bufou, se virando para o outro lado. Changkyun riu, e com um olhar fervoroso, examinou o menor, que estava um tanto quanto encolhido na maca dura.

— Não quer saber o que eu fiz? — Kihyun se manteve quieto, Changkyun prosseguiu — bati em um dos nossos veteranos.

Kihyun virou rápido, vendo Changkyun sorrir.

— O que ele fez a você?

Changkyun riu, se aproximando de Kihyun, que inconscientemente deu uma esquivada.

— Nada — viu o outro arquear a sobrancelha — ele era um tanto quanto debochado, me olhou torto a semana toda, e então dei uma surra nele.

Kihyun arregalou os olhos, desviando o olhar de Changkyun, que riu e se afastou.
Kihyun o olhou novamente, mas desviou rapidamente o olhar, se sentindo ansioso com aquilo.
Changkyun só se divertia com o desespero do outro.

— Eu não tenho o costume de bater em garotos da minha altura — disse, vendo o outro respirar com mais calmaria — principalmente quando esse garoto é certinho.

Kihyun sorriu fraco. Changkyun deu um riso de desprezo antes de se deitar.

— Mas nunca mais fale comigo, Kihyun — ditou — as pessoas irão te julgar, afinal, eu não sou boa companhia.