A festa havia sido um sonho, me senti uma princesa vestida daquele jeito, no meio de pessoas como aquelas. Fiquei ao lado de Miranda como se fosse sua assistente, mas isso não diminuiu o sentimento de me sentir especial ao contrário, me senti ainda melhor por estar ao lado dela. A mulher atraia os olhares e suspiros de todos, não era por menos ela se parecia uma Deusa.
Quando me aproximei dela para sussurrar um nome, senti o cheiro de seu perfume, olhei sua pele e imaginei como seria beijar aquela pele macia.
Christian Thompson, se apresentou tão galante, suspirei ao ver que de meus ídolos estava ali em minha frente, mordo os lábios quando Miranda nos despede, mandando a gente ir para o bar.
Fomos para o bar, pedimos uns drinks, ele tentou flertar comigo, tive que rir e corar antes de poder dizer que na verdade era lésbica. Eu era apaixonada pela escrita dele, não por isso ele. Ele ficou sem graça mas continuou me tratando da mesma maneira, me convidou para ir em uma pós festa, aceitei.
Sai sem me despedir de ninguém, antes dei uma última olhada para Miranda, ela conversava com um Homem que a devorava com os olhos, isso me incomoda sem eu saber o motivo.
Na festa, peguei o e-mail de Christian para mandar alguns de meus artigos para que ele avaliasse, me prometeu que em Paris me apresentaria uns editores e outras pessoas importantes, ele era um cara incrível.
Quase no fim na noite, uma mulher entra, canina graciosamente pelo salão, seu sorriso, sua mecha branca são umas das últimas lembranças que tenho da festa, antes de virar a taça da bebida mortal.
Acordo, minha cabeça dolorida, mas me sinto bem, mãos macias me envolvem, um par de seios contra minhas costas nuas, me viro para ver quem era, a mulher da noite passada.
- Bom dia...
Digo timidamente, ela me olha de um jeito predatório, mordo os lábios.
- Bom dia, Sweet.
Sorrio com a maneira que ela me chama, arregalo os olhos ao ver o relógio encima do criado mudo. Saio correndo recolhendo minhas roupas, saindo sem dizer nada ou deixar ela falar nada. Me arrependo disso quando chego em casa, passei a noite com uma estranha, que deve estar pensando o pior de mim agora. Tomo um banho rápido, me arrumo, ao chegar em Runway não consigo evitar de ficar sorrindo, abraço Nigel e falo pra ele como Christian é incrível.
O ar muda, parece que abriram as portas do inferno, Miranda estava o diabo encarnado.
Não consigo entender porque, ela não me olhava nos olhos, mas parece que fazia questão de me humilhar.
- Andrea, Paris não será uma viagem de lua de mel para você e seu namoradinho Christian, entendeu? Se estiver pensando isso, caia fora da minha revista.
Fico sem reação com isso
- Eu... Eu não tenho namorado, no caso teria uma namorada, não que seja da sua conta. Mas eu não tenho nada com Christian e nunca teria, pelo fato de ser Lésbica.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sempre haverá Paris
FanfictionUm famoso diretor de arte, Nigel, trabalha para a Runway, uma conceituada revista feminina. Nigel cumpre as determinações da editora da revista, Miranda Priestly, que não está satisfeita com os últimos resultados e tenta encontrar um "novo rosto"...