IV

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mano, eu sempre esqueço dessa fic ksjkkskkkkk vocês tem que me lembrar e pegar no meu pé senao nunca vai ter att

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- Vai demorar muito? Tô cheia de fome - Ana reclamava pela décima segunda vez.

- Só mais um pouquinho, vamos!

Ana bufou e seguiu a amiga pelas escadas. Cecília tinha parado no meio dos degraus pra amarrar o cadarço de seu tênis.

- Por que não podíamos ir de elevador? Já estaríamos no saguão faz horas!

- Eu não entro em elevadores, você sabe disso.

Mais alguns minutos foram necessários para enfim chegarem no térreo.

- Vamos de ônibus? - Ana perguntou ofegante já que não era acostumada correr pelas escadas.

- Eu não. Tô chamando um uber.

- Cecília, dá pra gente ir de ônibus! A casa dessa menina nem é tão longe assim e a passagem de ônibus tá menos de quatro reais, sendo que se a gente pega um uber, o gasto vai sair de mais de trinta reais e...

- Dois minutos de distância - a loira ignorou a morena completamente.

- Cecília! Eu não vou gastar meu dinheiro com isso! Você vai sozinha porque eu tô indo a pé - bufou

- Ôh, meu Deus! O que fiz pra merecer uma teimosa dessa? - correu pela calçada atrás de sua amiga - Ninha - chamou manhosa - Vamos comigo, uh?

A menina carioca abraçou a menina e cheirou seu pescoço.

- Prometo que dá próxima a gente vai de ônibus. Agora vamos voltar pra frente do prédio porque o carro já tá chegando.

- Tudo bem - Ana havia ficado mais calma apenas com o abraço da maior.

Caminharam lado a lado e logo um carro branco chegou. Entraram na parte de trás do carro e Ana deitou sua cabeça no ombro da loira.

- Me acorde quando a gente chegar na casa da Safira - pediu, fechando os olhos.

- Não se preocupe. Eu cuido de você, Ninha.

***

- Você é trouxa, Cecília! - Safira ria alto.

Vitória, a nova amiga delas, Camila, Cecília e Safira estavam na sala de estar da casa da menina ruiva.

- Não acredito que subiu três andares até o meu apartamento com a Ana no colo! - ria tão alto que era capaz dos vizinhos estarem ligando pro síndico para reclamar.

- Ela estava dormindo! - a loira tentou, em vão, se defender.

- Ah, e você não podia acordar a bela adormecida? - debochou Camila.

- Vai se foder - ficou brava e saiu da sala, indo pra cozinha tomar um copo de água.

- Olha o forno pra mim, Cecí! - Safira pediu mas foi ignorada - Obrigada, hein?! Se essa torta queimar, a culpa é toda sua! - a ruiva reclamou.

- Minha nada. Eu vou lá acordar a Ana Clara, já volto.

A loira foi pro quarto. Ana dormia abraçada em um travesseiro e ela estava morrendo de dó de acordar a mais velha.

- Ninha - chamou baixinho quando se sentou na cama - Acorda, meu amor.

Passou sua mão na bochecha da menina morena que se remexeu na cama.

- Ana - chamou baixo mais uma vez.

- Sai daqui - rosnou a mais velha.

- Obrigada pelo carinho - riu - O jantar está pronto. Vamos lá.

- Não quero, Cecí. Me deixa dormir - resmungou.

Cecília tentou mais algumas vezes e não teve sucesso. Ana tinha acordado, mas não ia se levantar e estava quase dormindo mais uma vez.

A mais nova bufou e marchou para a cozinha, avistando as meninas já jantando.

- Ana não levanta - ela estava com a feição chateada.

- Já tentou jogar água nela? - Camila sugeriu.

- Não.

Ela cortou uma fatia da torta de frango e colocou em um prato.

- Vou levar pra ela comer - disse depois de pegar um copo de suco de uva integral também - Eu já volto.

Retornou para o quarto e viu que Ana ainda estava deitada e de olhos fechados.

- Ninha - sussurrou no ouvido da morena.

- Oi - a voz estava rouca e Cecília não pôde deixar de imaginar como seria acordar ao lado da morena todas as manhãs.

Afastando tais pensamentos, a carioca ajudou sua amiga a se sentar na cama.

- Trouxe torta de frango e suco pra você.

Os olhos da morena brilharam e ela abriu a boca, como uma criança, pedindo pra que a loira colocasse um pedaço em sua boca. A garota não ousou desobedecer, logo ela levava um garfo cheio de torta para a boca da mais velha.

- Hmmm - fechou os olhos saboreando - Safira que fez?

- Sim, mas a Vi que ajudou.

- Tá uma delícia! Você experimentou?

- Ainda não - riu - Primeiro você - ofereceu mais um pouco de comida para Ana.

- Eu gosto quando você cuida de mim - Ana confessou e o coração de Cecília descompassou.

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