Capítulo 6

15 2 0
                                    

Eu ainda não sei, apenas sei que foi estranho, eu sai para clarear as ideias, eu estava pensando um pouco ainda no Zariel e no Alexandro do bar, pode parecer estranho, mas são pessoas muito atrativas, como se estivessem magnetizadas. Se a Emily me visse pensando tanto assim em rapazes pensaria que era a primeira vez que estava com "fogo no rabo" como diz ela, e iria me levar correndo de volta para aquele bar, para tirar um tasco do Alex... - sorri comigo mesma - Alex... "pode me chamar de Alex, agora descanse", meu deus era ele, era ele que me tirou de lá, me salvou do Matheus, mas não pode ser, por quê tanta familiaridade com ele?

Mas ele parecia tão diferente do que naquele dia, ele me parecia mais gentil; mais acolhedor; mais tranquilo e mais convidativo, mas naquele momento do beco, do meu desespero ele era um sinônimo de escuridão não era nada do que eu havia citado anteriormente.

me larguei na cama minha cabeça está virando uma bagunça, passei mais alguns minutos tentando pensar em outras coisas pra ver se minha razão voltava ao normal, mas eu só conseguia pensar nas coisas "doidas" que tinham me ocorrido em menos de duas semanas e por alguma razão eu acho que tudo está interligado, minha mãe me ensinou: que nunca se conhece alguém ao acaso, as coisas nunca são o que parecem, tudo de algum jeito vai voltar ao momento que tudo começou e vai começar a fazer sentido, apesar de eu odiar muito essa logica sendo que ela tendo sentido, é que me faz sentir como se eu estivesse sendo manipulada por alguém, eu sendo uma pequena marionete nas mão de algo talvez perverso que gosta de se divertir as minhas dores ou nas dores de alguém, como se fosse uma grande novela. me virei algumas vezes na cama e acabei dormindo.

*sonho on*

sentia meu corpo flutuar igual quando eu bebia muito, minha mente ficava enevoada e sentia o mundo girar como num carrossel, mas em um momento ele começou a pesar e eu finalmente toquei o chão e a minha frente estava a mesma paisagem dos meus sonhos mais recorrentes e o rapaz de cabelos castanhos claros, olhos bicolores e suas majestosas asas prateadas, apenas sua presença fazia todo o lugar aquecer que um jeito tão sereno ele olhou para mim e sorriu, me senti tão querida naquele lugar nem parecia que eu vivia um caos 'invisível' para as outras pessoas.

- Você esta bem?- ele dirigiu a palavra a mim e eu realmente fiquei surpresa ao ouvir uma voz que da primeira vez era tão natural e agora era tão imponente e caridosa, até mesmo numa simples pergunta.

- sim, acho que sim- falei desviando o olhar

- tenho certeza que não - ele riu se aproximando de mim

- acho que o bem estar de uma pessoa não é motivo pra rir...hum...

- Lucas, eu me chamo Lucas

- bem, você me entendeu

- sim, eu entendi bela rosa, aceita caminhar um pouco? - ele segurou minha  olhando em meus olhos como se buscasse a essência de alguma coisa, tirei minha mão das dele, mas por dentro me arrependi amargamente depois do olhar que ele me lançou, um olhar de tristeza.

- me desculpe, é... eu não queria...é, sim, eu gostaria de caminhar

- tudo bem, vamos- ele me lançou um meio sorriso, talvez constrangido, ele colocou as mãos nos bolsos da frente do seu jeans e saiu andando, e eu fui logo atrás.

ele andava na frente num ritmo rápido  e sem fazer o mínimo barulhos, ele passava rapidamente pelas arvores e eu quase corria para tentar acompanha-lo, era como se eu pisasse em cascas de ovo, pois a cada passo tudo ao meu redor ecoava.

- você tem que tomar cuidado quando não sabe o que está mexendo, Mellanye... - ele disse e logo em seguida sumiu do meu campo de visão e apareceu atrás de mim me tirando um grito um pouco agudo.

- caralho eim, o que você está fazendo... isso é só um sonho - eu dizia para mim mesma mesmo sem acreditar muito nisso - Isso é APENAS um sonho.

- Isso aqui não é um sonho, eu vim te avisar para tomar cuidado- ele passou a mão pelos cabelos nervoso, bagunçando o que era ajeitado- eu não deveria nem interferir, isso não faz parte das minhas ordens, apesar que eu nunca fui de seguir regras, sabe? - ele olhou pra mim como se eu entendesse alguma coisa e aposto que ele só viu o vácuo na minha cara de estar boiando nesse assunto. - é não sabe, Pai, o que eu estou fazendo?- ele olhou para o céu buscando o divino e por um instante achei que ele ia ter a resposta, afinal é um sonho tudo pode acontecer, como daquela ultima vez.

- Oque você esta fazendo esse é o meu sonho e você não deveria fazer algo tão estranho.

- Talvez... mas essa conexão não é sua é minha, eu te falei vim te avisar para ficar longe dos lobos, eles são impuros e vão querer seu mal, tentarão atrai-la a todo custo Mel- seu olhar voltou a ficar triste.

- Lobos? serio isso

- sim, cachorros bem grandes, somos abençoados pelo divino, devemos proteger e eles te forçaram ao mal... você ainda não tem noção do que pode fazer.

- Eu estou louca.

- Não, eu vou te dar os sinais... fique longe de qualquer homem ou mulher que exale feromônios se é que você entende isso.- ele  andou até mim e colocou as mão sobre meu olhos e disse: - Agora volte.

*Sonho off*

acordei afobada, respirando pesado, ainda estava escuro mas, minha cabeça pesava... levantei para tomar um copo de agua, para sentir o frescor percorrendo minha garganta e meus órgãos, voltei a me deitar e voltar a pregar os olhos amanhã vai ser um dia cheio.



~capitulo terminado por hoje, valeu falou~

toca na estrelinha e da um comment se gostou





Allen StarOnde histórias criam vida. Descubra agora