Uma tranquilidade passou pelas três, já não tinham dores e o pesadelo sumira. Gaby abriu o olho e se viu em um lugar branco e silencioso, bem diferente de onde estavam em sua última lembrança. Ela viu que estava em uma cama dentro de um quarto só para ela, soros estavam ligados em suas veias. Uma enfermeira gorducha entrou em seu quarto trocando o soro.
- Oi. É, moça, onde estou? E, há quanto tempo estou aqui? E minhas amigas? Elas estão aqui também? – Gaby enchia a enfermeira de perguntas.
- Calma – tranquilizou a enfermeira com seu uniforme impecável do Hospital Albert Einstein e um rosto limpo e sem maquiagem com o cabelo preso em um coque – elas estão nesse corredor também, vou trocar o seu soro e você pode se levantar para ir vê-las, é só levar o soro com você neste suporte. Vocês três chegaram ontem à noite com intoxicação a gás metano que vazou do shopping.
- Gás? ... Metano? ... – mas a enfermeira já havia saído.
Rapidamente Gaby se pôs de pé, amarrou sem avental que é aberto nas costas deixando sua bunda a mostra. Ela odiava qualquer roupa que não a cobria por inteiro, nem saia e short gostava de usar. Ela saiu de seu quarto e entrou no quarto ao lado. Lá estava Lilla deitada na cama e Nina sentada na poltrona ao lado mudando os canais da TV.
- Finalmente você acordou Cinderela. Nina foi lá te ver e você estava desmaiada a noite toda. Eu acordei na hora que me levaram para dar pontos e a Nina faz umas três horas.
- Gente, vocês também ouviram o cara falando do terremoto e tal? A enfermeira falou que foi vazamento de gás. – Gaby falava rapidamente, sem respirar direito, enquanto se sentava no sofá. As amigas não entendiam porque ela começou tudo isso – Como viemos parar no Albert Einstein? Nosso convênio não paga este hospital, então quem está bancando tudo isso? E aquele cara falando como se esperasse tudo aquilo e agora essa historia de gás metano já é demais! Não pode ter sido gás metano! A névoa era vermelha e gás metano não tem cor! E teve terremotos, então como eles explicam aqueles pilares caídos e cratera que se abriu no meio da loja...
- Como você sabe que gás metano é incolor? Eu faço química, mas você é de humanas.
- Hum, não sei, isso só me veio à mente. É como se tudo fizesse sentido e vários pensamentos fluíssem em minha cabeça agora.
- Eu e a Lilla estávamos falando antes de você chegar que tudo está estranho. Mas vamos sair logo desse hospital e depois conversamos com calma ta?
Nesse momento entraram dois médicos. Um ruivo de olhos verdes com a pele muito clara, roupa social e jaleco branco por cima com o seu crachá. Ele foi direto a Nina sorrindo.
- Bom dia, Nina. Como você está hoje?
- Ah, estou com uma dorzinha do pescoço, Dr. Rodrigo. – Ela fez um biquinho como se estivesse com muita dor e jogando um olhar cheio de charme sobre o médico.
- Ah, Nina, já falei que sou residente ainda. Mas vou ver seu pescoço. – Então ele começou a massagear o pescoço da Nina, fazendo-a soltar suspiros de alívio.
O outro médico ficou preenchendo algumas folhas. Ele era alto, nem muito magro, mas nem muito gordo apenas normal, moreno com olhos castanho escuros. Também usava roupa social e o jaleco do hospital por cima. Ele chegou perto de Lilla, mexendo em sua cintura para ver os pontos gentilmente, e deu um sorriso perfeito para a garota. Ela viu seu crachá com o nome Vinicius, também residente. Quando eles finalmente saíram Gaby só falou:
- Como vocês têm médicos lindos cuidado de vocês e eu tenho uma enfermeira gorda e feia? Isso não é justo!
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Névoa Vermelha
Teen FictionTrês amigas sofrem um acidente durante o trabalho, onde teve um terremoto e poucas pessoas saíram vivas. No dia seguinte, o local está reaberto e funcionando, completamente consertado e sem pistas do que de fato aconteceu ali. Ao passar uns dias ela...