Ep. 01 - Você?!

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Ep. 01 - É você!

“O dia se iniciava e eu precisava ir trabalhar como todos os dias, sem trégua. Pra cuidar da minha família, eu me dividia em dois para trabalhar em dois lugares diferentes quase sem tempo pra respirar. Mesmo cansativo, eu tentava.”  Serginho.

O dia ensolarado marcava ainda mais aquele que parecia mais um dia intenso e cansativo. Serginho acabara de chegar no restaurante no qual era garçom.

—Serginho, o Marcos teve que faltar hoje. Você pode fazer o que ele faria não é? —Pergunta o chefe já intimidando.

—Sim, claro. Não se preocupe senhor. —Serginho já percebeu que seu cansaço será triplicado, mas não rebate temendo perder o emprego.

—Ótimo! —Diz saindo.

Um amigo de Serginho se aproxima.

—Como você suporta esse homem? Se ele fizesse comigo um por cento do que ele faz com você, eu pediria as contas e ainda saía dando uma banana e crucificando ele pra todos os clientes e aos quatro cantos dessa cidade. —Diz revoltado pelo amigo.

—Não posso, você sabe. Minha família precisa e conta comigo. Lembre que eu tenho dois irmãos pequenos e uma mãe doente pra cuidar. Se eu pudesse  jogava tudo pro ar e mandava ele pro inferno. —Emociona-se.

—Eu sei meu amigo. Eu sinto tanto por você tendo que suportar tudo isso e calado...

—Se é um sacrifício por quem eu amo, não me importo com as consequências. —Mesmo chorando se mantém firme.

—Você nem tempo pra pensar em namorar tem. Como alguém vive sem alguém do lado pra dar força e todo o amor que merece? Serginho meu amigo, já é hora de pelo menos tentar encontrar alguém. —Incentiva o amigo.

—Você sabe que eu não me importo com isso, mas ontem... Ontem eu tive um sonho estranho, eu passava numa rua e do nada um garoto aparecia andando lentamente de bicicleta me acompanhando e do nada perguntava o meu nome.

—Que estranho, porém muito curioso. E o que acontecia depois? —Curioso.

—Eu me apresentava e perguntava o nome dele. Mas antes que ele pudesse responder, o sonho acabou. O estranho é que o rosto dele e a voz não saem da minha cabeça... E a curiosidade de saber seu nome então...

—Não me diga que se apaixonou a primeira vista por um cara de um sonho? Serginho ele pode nem existir!

O chefe interfere na conversa.

—Menos conversa e mais trabalho! —Ordena.

Os meninos começam a limpar as mesas.

—Eu senti algo muito forte com ele, talvez ele não exista na vida real, mas não posso desfazer a conexão que eu senti. —Explica.

—É hora de acordar do sonho, porque ele já terminou.

O dia passa e parece que tanto trabalho nunca acaba.
As horas se passam e começa a escurecer e os frequentadores que acabavam de comer iam saindo.

Serginho então começa a arrumar suas coisas e deixa tudo pronto antes de limpar a última mesa e se despedir do seu turno.

—Pronto, acabei! Vou indo.

—Limpou tudo direito? —O chefe não dá trégua.

—Sim, limpei três vezes como pediu.

—Acho bom! E não se atrase amanhã, porque senão já sabe... Rua! —Inferniza.

Serginho e Paulinho saem juntos e cada um segue seu rumo.

A rua deserta dá calafrios e assusta com seu silêncio e escuridão.

Serginho caminha sozinho porém tranquilo.

—Ei, você... Paradinho aí! —Diz um homem aparecendo em sua frente.

—O quê? Por quê? —Diz trêmulo.

—Passa tudo que tem aí, agora! —Tira uma arma que escondia na parte da cintura.

—Por favor, me deixa ir. Eu não tenho nada!

O homem parte pra cima de Serginho o derruba lhe dando uma coronhada e puxa sua bolsa.

O assaltante ao revistar a bolsa e ver que realmente não tem nada de valor joga a bolsa na cara de Serginho e se prepara para apertar o gatilho.

Um rapaz que por ali passava no exato momento se aproxima e o atinge pelas costas com uma barra de madeira.

Atingido o assaltante desmaia.

—Ei, você está bem? —Preocupa-se o pegando Serginho nos braços.

—Você... Você o garoto... É você! —Fala com dificuldade e dores na cabeça.

...Continua!

THE BOY OF MY DREAMS (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora