Capítulo 04 - Beije-me!

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“Se por um lado a forte maré tenta de todas as formas atingir seu barco, e você tem a certeza de que construiu cada parte com as melhores e mais fortes matérias primas se preocupando e cuidando dos mais minuciosos detalhes, ele pode até ser atingido, mas não afundará. Dessa forma, acontece com nós seres humanos, por mais duros e pesados que sejam os problemas que possam surgir e bater com força contra nós, se temos uma base calcado na força, perseverança, amor, esperança e resiliência, jamais deixaremos que eles nos afundem, pois nossa base NOS mantém implacável”.

Fique agora com o episódio de hoje:


Ainda presos pelas cordas, Serginho e Guga se olham profundamente.

Num momento inesperado os rostos deles se colam e um leve selinho é inevitável, porém, eles separam os rostos imediatamente.

As cordas começam a se soltar.

—Olha, está se desenrolando! —Diz já retirando as cordas do corpo.

—Guga, eu preciso te pedir um favor. —Fala enquanto retira as cordas.

—Pode falar. —Sorri.

—Foi muito bom tudo o que você fez pela minha comunidade e por essas crianças hoje, foi um gesto lindo e ainda mais corajoso. Mas não quero que venha mais aqui. —Sua expressão é de total seriedade.

—Mas Serginho, por que? Eu achei que gostava da minha companhia, que éramos amigos... —Guga não consegue entender o pedido de Serginho.

—Sério que mesmo depois de tudo que você passou hoje, até conseguir entrar, não te serviu de nada? Não te causou medo nenhum? Você sabe o que poderia ter acontecido com você se eu não estivesse chegado? —Bravo.

—Vai jogar na minha cara que me defendeu? —Se chateia e levanta a voz.

—Não venha com agressividade não, você sabe muito bem que eu nunca jogaria nada na sua cara e nem na de ninguém, não faz meu estilo e ainda mais porque você já fez o mesmo por mim, me salvando mesmo sem me conhecer. A única coisa que eu estou fazendo, é querendo te proteger!

—Pra me proteger você teria que ter ao seu lado onde pudesse me ver, ou não? Como me quer longe?


—Por favor, faça o que estou pedindo. Não torne isso mais difícil, eu te peço. —Suplica.

—Eu me sinto tão bem com você... —Tristonho.

—Eu também com você, muito... —Serginho também muito triste.

—E então, e mesmo assim quer que eu vá? Tem certeza? —Tenta mudar a ideia de Serginho.

—Sim, eu tenho, é para o seu bem. —Responde implacável porém muito triste.

—Serginho... Está bem, não vou mais insistir. —Seus olhos transmitem tristeza e enchem de lágrimas. —Adeus!

Guga pega a bicicleta na qual veio e mesmo sem subir nela começa a carregá-la antes de que comece a pilotá-la.
Ele vira de costa para Serginho e começa a andar sem mais olhar para trás.

Serginho assiste enquanto Guga vai embora.

—Tudo isso é por você, Guga! —Tenta justificar para si mesmo enquanto seu coração aperta. —Meu Deus, o que eu fiz? —Quase chorando.

THE BOY OF MY DREAMS (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora