Capítulo3

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  Já era 5:28 PM, as aulas tinha terminado e eu aproveitei para sair da cola do Max e conhecer Silver Bridge sozinho. Razão teve a pessoa que batizou aquela escola de Silver Bridge, havia uma ponte do lado oeste que tinha a mais bela vista do gradiente do por do sol, estava espantado e sendo vigiado ao mesmo tempo.

  -Tem alguém aí, é a pessoa da voz né? - perguntei tentando dar a cena um cenário mais sério.

- Pessoa da voz, como assim? - perguntou a Natasha vindo em minha direcção num andar sexy.
Como eu sou a favor da política do "não ao esfaquemento do Ryan" fiz-me de mudo e tentei sair, quando senti algo a segurar o meu braço, era a mão do Storm.

  -Não é educado não responder uma dama, raça resistente- Falou o Storm num tom insultuoso

  - Eu só vinham espairecer, não quero confusão eu vou ficar no meu canto, e quanto a Natasha, não se preocupe não tocarei num fio de cabelo.
 
  - Achas mesmo que eu deixaria tu me tocares, chocolatinho? - zombou a Natasha e acrescentou- vamos ensinar a ele como é que Cristo morreu.

  Eu não tinha entendido o que ela quis dizer com " ensinar como é que Cristo morreu ", mas imaginava que boa coisa não deveria ser, até um soco bem forte atingir a boca do meu estômago fazendo-me vomitar sangue e ao mesmo tempo ter certeza disso.

   -Levem-no, vamos mostrar como se brinca por aqui.

  30 min depois eu recuperei as forças e ganhei consciência, quando me deparei com uma cruz de madeira bem ao lado mim e de uma série de cordas.

  -Amarrem os pés e as mão com força, não queremos que ele caia- disse o Storm muito animado.

  Eu deveria ter implorado,me humilhado para que não o fizessem, mas eu não queria era como se alguma coisa me fechasse a boca ou como se eu estivesse a desistir de mim mesmo. Por ser já ao anoitecer poucas pessoas estavam no pátio da escola e isso facilitou-os muito.

   -Coloquem-no em frente a haste, lá ninguém o ouvirá e será o primeiro lugar que estaremos logo pela manhã para a ginástica matinal- Falou Andros Ambrósio, um dos seguidores do storm, perturbado e super inteligente era pior que o Thanos.

  -Alguém viu o Ryan- perguntou o Max todo agitado- Ele não atende e desde que terminaram as aulas não o vejo.

  - Max, tudo bem?

  -Amanda, viste o Ryan, o miúdo novo?
 
  -Por acaso até vi, estava na ponte a umas duas horas atrás.

  -Obrigado- disse o Max indo rapidamente a ponte

  - Ryan- gritou o Max umas três vezes, não vou mentir, eu ouvi mas como disse antes eu não queria evitar aquele sofrimento e mais uma vez calei-me, era como se eu tivesse perdido a humanidade. Mais uns 45 min se passaram e eu senti-me inclinado foi quando percebi que a madeira estava a se partir, quando segundos depois estava eu no chão com uma cruz de madeira amarrada em meu copro. O estrondo foi tal que todos se aperceberam,  inclusive o Max, e assustados vieram ver o que se passara.

  -Meu DEUS,  Ryan, o que aconteceu, quem te fez isso?- Perguntou Max com lágrimas nos olhos, quanta sensibilidade.

  - Só tirem-me daqui...- respondi mais frio que gelo como se nada estivesse a acontecer

  - Estás bem filho? Temos de levar-te a enfermaria e depois falar com o director Dusk, isso não pode ficar assim - falou a senhora Viena que a descreverei depois

  Após me terem desamarrado eu segui para o meu quarto sem olhar para atrás, não queria responder a nada, nem olhar para alguém, tratei-me tal como o meu pai me tratava, com toda a indiferença do mundo.

   -Não se preocupem,  ele vai ficar bem-Tranquilizou-os o Max que após dizer isso deu-me 25 min para ficar  sozinho e seguiu-me até ao quarto.

  - Não sei quem fez isso com você, mas o director vai castiga-los e a vida por sua vez vai recompensar-te, tu és forte meu amigo- falou o Max batendo no braço como sinal de consolo

  -Não vais falar nada?, eu ouvi dizer que chorar alivia e seja lá o que for que estas a pensar agora, acredite, tu és melhor que todos eles juntos.

-Oh cala-te pá!- gritei com cólera - Eu estou farto, farto de gente como tu é a minha mãe, que pensam que eu não sei avaliar as coisas por mim mesmo, eu não quero uma justificação fútil para me ancorar e continuar a acreditar. As pessoas são podres Max, podres o diabo tem muito a aprender conosco e eu não sou especial, sou mais um dardo que a vida joga e vai jogar então não me peça para chorar, acreditar, tentar lutar, ok?

  -Ok, só queria ajudar.

  -Ajudarás se fizeres nada.

  Depois de eu dizer aquilo o Max saiu e senti um vazio extremo dentro de mim, como se minha alma tivesse abandonado o meu corpo e só conseguia descrever aquele momento com uma frase "robotização completa", apartir daqui vocês conhecerão um outro Ryan.
 

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