Mon Esclave | Taekook

🛡⚔️Cap. 1: Debaixo do Tapete de Dragão⚔️🛡

>>Narração ON<<

Jungkook pertence à uma família nobre, cujo pai comanda o exército real e é dono de uma fábrica produtora do mais belo, resistente e duradouro equipamento usado nas batalhas do reino. As cobiçadas armaduras, espadas e escudos dourados da Jeon's Golden Collection, responsáveis pelas sucessivas vitórias do exército real, sempre permitiram que a sua família se identificasse e se mantivesse no estrato da aristocracia. A sua mãe, assim como as outras mulheres da classe dominante, apenas saíam umas com as outras, gozando de uma vida facilitada e de ostentação. Poucas vezes tratavam de tarefas domésticas já que os escravos existiam para isso, escravos estes que algum dia pertenciam à um reino antes de serem derrotados num confronto militar.

No momento, o senhor Jeon se encontrava chicoteando o seu novo escravo por este tê-lo respondido mesmo tendo cometido um erro.

- No meu exército, exijo o cumprimento de três coisas: disciplina, lealdade e união. O mesmo se aplica à você que nada deve fazer além de agir segundo as nossas ordens. Entendeu?

Não obtendo uma resposta rápida, já que o outro estava aguentando uma dor insuportável, o açoitou mais algumas vezes. Gemidos de dor do jovem ecoavam na pequena sala da base, horrorizando Jungkook que assistia à tudo pela primeira vez com a sua mãe, à pedido do seu pai.

- E-Entendi... - cedeu, não resistindo mais àquela sensação.

O senhor Jeon parou e foi soltar os seus pulsos que estavam presos à uma corrente suspensa no teto. Imediatamente a seguir, o jovem de vinte e três anos ajoelhou-se no chão tão gélido como o sangue do pai da família.

- Você ainda é muito orgulhoso para aprender isso numa só noite. A verdade é que eu gosto muito desse instrumento e pode crer que vou usá-lo várias vezes. - terminou saindo acompanhado de sua mulher e seu filho, este último que estava apenas simulando, pois voltara para a base logo a seguir.

- Eu peço desculpa pelo meu pai. - disse oferecendo a sua mão para o ajudar a se levantar.

- Não se preocupe, eu estou bem. - recusou a ajuda, tentando se pôr em pé, uma ação que demorou um pouco e fez com que sua cara se contorcesse pelo ardor nas suas costas.

- Na verdade você não está. Eu posso te ajudar... - saiu em busca da caixa de primeiros socorros que ficava no seu quarto para o ajudar no tratamento de suas novas feridas, por onde o sangue era derramado. - Cá estou eu novamente, mas primeiro precisamos de você na banheira.

Jungkook quando era mais novo, costumava a aventurar e a explorar cada canto da sua mansão. Sempre foi curioso. Certo dia, avistara um certo volume no tapete de dragão que ficava no fim do corredor do primeiro piso da mansão, como se por baixo do mesmo estivesse algo misterioso e camuflado, já que nunca notara algo de estranho no tal tapete até então. Impelido pelo seu espírito aventureiro, avançara, desvendando um segredo guardado possivelmente pelos seus pais durante toda a sua existência, uma porta que dava à um compartimento na base da mansão, com correntes suspensas no teto, sofás, lareira, uma estante com documentos e vários livros do tempo clássico e medieval. Depois, uma porta que dava a um quarto simples com cama, armários e um banheiro ao lado.

Foi devido à essa descoberta, que mesmo após uma década, Jungkook ainda se lembra de tudo na base, só que, agora, mais vazia, pois acredita que todo o documento secreto e de pesquisa fora movido para um local mais seguro, talvez ocultado pelo pai algures na mansão.

Enchia a banheira com água quente e abria o selo do sabonete neutro que levara, às escondidas, do seu banheiro.

- Vamos, entre.

- Sério, consigo fazer tudo sozinho, obrigado.

- Eu já disse que você não está bem, então não está apto de fazer nada sozinho e por favor, pare de tentar dispensar a minha ajuda. Sou sempre assim com todos e não será você quem escapará da minha bondade. - avisou sem se importar com a idade do outro. - Oh, desculpa! E-Eu deveria ter saído por um instante... - gaguejou corado por ter visto o outro completamente nú, entrando em seguida na banheira.

- Eu não ligo para isso.

Jungkook começou, assim, despejando a água da caneca pelas suas costas, antes de passar, levemente, a sua mão ensaboada pelos cortes.

- Eu nunca tinha visto o meu pai fazer isso antes, acho você realmente forte por ter aguentado o chicote dele por muito tempo... Também não esperava que tivéssemos comprado alguém para servir de escravo doméstico ou que meu pai usasse essa base para tratar pessoas de forma desumana, como se fossem simples animais. - admitiu, vendo a água se tornando numa cor mais avermelhada.

Um tempo depois, o escravo já havia terminado o seu banho, esperando apenas o outro prosseguir com o curativo.

O mais novo colocava luvas de látex antes de passar, em diferentes tamanhos de gaze estéril, uma pequena porção de pomada.

- O que é isso? Le premier... choix? - tentava descobrir o que era, lendo o rótulo. - Está em francês?

- É, significa a primeira escolha. É uma pomada que sempre uso, a princesa deste reino é que me deu num dia. Serve para acelerar o processo de cicatrização e aliviar a dor. - disse, terminando o curativo ao aplicar o esparadrapo sobre as gazes. - Pronto, já está.

- Obrigado...?

- Jungkook. E você?

- Kim Taehyung. Foi muito gentil da sua parte, mesmo não me conhecendo. Além disso, você deveria me tratar apenas como o vosso simples escravo.

- Pois, eu me recuso a fazer isso, odeio essa palavra escravo. Prefiro achar que você é uma pessoa normal que está nos ajudando em tarefas domésticas.

- Isso é tão estranho.

- O quê? Está insinuando que sou estranho, é isso? - perguntou rindo.

- Não, você é tão diferente, sério. A propósito, você tem quantos anos?

- Vinte. Sou um homem adulto já, mais uma razão para depositar confiança naquilo que digo.

- Mas se eu quiser não confiar em você, eu posso. Ainda há uma diferença de três anos de experiência de vida entre nós dois. - sorriu ladino.

- Ha Ha! Convencido! Vou dormir, aproveite descansar também. Sairei amanhã bem cedinho para tratar de uns assuntos do conselho juvenil e só voltarei de noite. Isso significa que eu é que substituirei o curativo, por isso nem cogite em fazê-lo sozinho.

- Só acho que não te perguntei nada.

- Vá se foder, canalha. - disse enquanto ria, apontando o dedo do meio e se dirigindo para o seu quarto.

Jungkook, por um lado, estava feliz por finalmente ter alguém em casa para conversar, alguém da sua faixa etária, mas pelo outro, irritado por saber que o seu pai teve a ousadia de associar as chicotadas à um método divertido de educar pessoas. Resumindo, um homem insensível.

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Considerações e opinião da autora
Hello everyone! Cheguei com uma nova fic.
Espero que muita gente leia ela porque foi feita com muito amor tal como as outras fics minhas, publicadas ou ainda no rascunho.

A propósito, o panorama da capa que fiz encontra-se neste capítulo porque as capas do Wattpad possuem um tamanho bastante pequeno para o tamanho que havia idealizado para a minha kkk.

Bye!
(💜ㅊ💜)