Preconceitos

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O fim de semana passa e eu lá estou eu novamente na faculdade.

As aulas passam lentamente naquela manha de segunda-feira. Parece demorar uma eternidade.

Eu ainda sinto o cacete do Danillo me fodendo descaradamente na festa. No domingo passamos o dia transando o que me fez delirar muito.

Infelizmente é preciso voltar a realidade.

As aulas acabam e me preparo para ir ao estagio na biblioteca do campus da faculdade.

Estou a caminho do estagio quando sou parada por algumas garotas.

- Você acha que deveria vestir algo menos ridícula? Sua gorda – a loira fala.

- Essa calça leg deixa sua gordura toda compacta. Imagina na hora que ela tira. Deve saltar tudo e matar a galera ao redor. – uma morena zomba.

Olho para elas com desdém.

- Eu sou gorda e posso até emagrecer. E vocês que são umas idiotas e feias. Isso não tem como mudar.

Continuo meu caminho. Nunca liguei muito para o que as pessoas pensam sobre meu corpo. Como perceberam eu agrado a alguns homens. E eu gosto de como sou.

Chego à biblioteca. Comprimento o pessoal e vou acertar alguns livros que já fui informada estarem fora dos lugares.

Pego a escada e a levo até o local para começar organizar.

Normalmente a biblioteca é vazia. Era da internet. Mais hoje está cheia. Vários alunos pesquisando e fazendo deveres. Deve ser alguma turma de direito.

Percebo que um garoto não para de me olhando. Também percebo que outros me olham mais não da mesma maneira.

Subo na pequena escada para guardar os livros e é ai que as brincadeiras idiotas e preconceituosas começam.

- Cuidado ai embaixo. Vai ter terremoto – zomba um com cara de nerd.

- Ainda bem que não piscina aqui. Se não teríamos um maremoto – zomba outro.

A bibliotecária se aproxima e manda que eles fiquem quietos. Os garotos entre sorrisos pedem desculpas.

- Nem parecem que estão na faculdade. – ela resmunga assim que passa por mim.

Termino de guardar os livros e desço. Olho para o garoto que esta me observando e ele desvia o olhar. Sorrio.

Amo garotos tímidos. São sempre pirocudos e bons de foda.

Estou passando quando ele segura meu braço carinhosamente.

- Não releve o que esses babacas falam. Sei que não me conhece mais ti acho muito bonita. – ele fala sem ao menos olhar para mim.

- Valeu – digo dando um beijo em seu rosto que fica vermelho – Como é seu nome?

- Bruno.

- Prazer eu sou Victoria.

Ele acena em entendimento e volta para seus estudos.

Os garotos zombam Bruno até o momento em que Dona Leonice os coloca para fora da biblioteca.

- Esses garotos não tomam jeito. – ela fala voltando para os seus afazeres.

Percebo que Bruno foi mais para o fundo do local e invento qualquer coisa para ir até lá.

Nem preciso dizer que minha buceta flameja de tesão.

Eu Sou VictoriaOnde histórias criam vida. Descubra agora