Nós estávamos no quinto andar, falando o que a gente sentia sobre aquele lugar. Era bizarro o apartamenro, pois acontecia coisas estranhas e via aparições.
" Vamos sair daqui. Vamos conhecer o tal do Larry. "
Falei ao entrar no elevador.
Sal entrou no elevador e fomos para o porão. Saindo do elevador, vimos uma porta com uma placa escrito. "Mantenha a distância. "
" Com certeza é o quarto do Larry. "
Comentei ao dar uma risadinha.
Sal bateu na porta e escutamos uma voz masculina.
" Sim? "
" Larry, eu e um amigo meu acabamos de nos mudar para este apartamento e sua falou que a gente podia te conhecer. "
Falei um pouco perto da porta.
" Ah, ok. Tudo bem, podem entrar. "
Disse Larry.
Quando abri a porta, vimos vários quadros e pôsteres no quarto do garoto. Nos aproximamos do Larry e nos cumprimentamos.
" Olá, meu nome é Sal e essa é a Emily. Prazer em te conhecer. "
Larry olhou para o Sal e ficou admirando a sua máscara.
" Nossa! Que máscara foda! "
Disse Larry, olhando mais de perto a máscara do meu amigo.
" É prostética. "
Falei ao olhar para o Larry.
" Ah, sério? Putz cara! Foi mal aí. "
Disse Larry um pouco envergonhado.
" Tá tudo bem. Já to acostumado com isso. Mas fico feliz que você tenha gostado. "
Meu amigo falou todo contente.
" Você curte Metal? To vendo vários pôsteres de algumas bandas que conheço. "
Perguntei, enquanto eu olhava para a parede que estava coberto de pôsteres.
" Ah, sim! Tem uma banda que eu curto muito que se chama Sanity's Falls. Vocês já ouviram o primeiro single deles? "
Disse Larry.
" Não. "
Eu e o Sal respondemos ao mesmo tempo.
" Ah... Então ouçam essa música. Vocês vão adorar! "
Disse Larry ao ligar o seu rádio.
Nós ficamos escutando a música e era muito boa. Os garotos estava balançando a cabeça sem parar. Até que Sal parou de fazer isso e perguntou para Larry.
" Ei, você sabe o que aconteceu no 403? "
De repente Larry arregalou os olhos, colocou seu dedo indicador na sua boca, fazendo sinal para o Sal ficar quieto e respondeu.
" Shhh! Fala mais baixo cara! O assassino ainda tá aqui no apartamento! "
" O que? Como você sabe disso? "
Perguntei com medo.
" Um cara gordo chamado Charley, assassinou a mulher chamada Sra. Sanderson. "
Respondeu Larry.
" Você tá drogado? "
Perguntou Sal.
" Quem me dera cara... Quem me dera. Foi assustador ver aquela cena. Eu tava ajudando a Sra. Sanderson a consertar a privada dela. Eu entrei no banheiro e tentei dar um jeito naquela coisa, até que escutei barulho vindo da sala. Charley entrou na sala gritando feito um louco. Chamando ela de vadia estúpida. A Sra. Sanderson tentou acalmar ele, mas nem deu tempo dela falar com ele... Charley cortou a garganta dela. Entrei em choque, fiquei paralisado. Nem sei como ele não tinha me visto lá. Mas tive sorte de sair de lá ileso. "
Larry contou para nós.
" Que horrível... Era por isso que eu estava sentindo coisa ruim vindo do Charley. "
Comentei ficando cada vez mais nervosa.
" Eu não contei pra ninguém, nem pra minha mãe. Só contei pra vocês , porque confio em vocês. "
Disse Larry, respirando fundo.
" Por que você não contou pra polícia?"
Questionou Sal.
" Eu falei com o policial e com o detetive. Mas eles falaram que se eu não tenho nenhuma prova, não vai adiantar em nada. "
Respondeu o rapaz.
" Bem... A única coisa que tem de estranho no apartamento do Charley, é um pônei com manchas de sangue. Isso pode ser uma prova de que ele é um assassino. "
Expliquei, tentando ajudar o Larry.
" Hum... É uma boa! Vocês podem entrar lá pra pegar o pônei! "
Disse Larry todo sorridente.
" Espera... Por que você não vai até lá? Nós já fomos até lá. "
Sal retrucou, um pouco desconfiado do garoto.
" Não posso ir até lá. O cara me odeia. Ele até me acusou de ter roubado doces, cara! Doces! Gordo escroto..."
Explicou Larry, cruzando os seus braços.
" Tudo bem... Vou lá tentar pegar aquele pônei. Mas preciso distrair ele. O Charley não gosta que toque nas coisas dele. Ele foi alto e claro com a gente. "
Falei um pouco nervosa.
" Sim, eu sei disso. Mas acho que tive uma ideia. O Senhor Addison dá chá para as pessoas do apartamento. Se você falar, " Chá Addison, por favor e obrigado, ele te dá uma xícara de chá." Eu não gosto de chá, mas parece que os velhos gostam daquilo. Deixam eles bem calmos e relaxados. Talvez o chá deixe aquele gordo escroto, dopado. "
Larry me explicou.
" Hum... Boa ideia. Mas tem outro problema. Preciso ver primeiro o apartamento 403. Tenho que ver se realmente o Charley roubou o pônei de uma senhora. Preciso analisar aquele lugar. Mas tem um policial de guarda na porta do número 403. Não vou conseguir tirar ele de lá. "
Falei, enquanto tentava pensar em algum plano.
" Não tem problema. Eu tenho um rádio da polícia. Sempre uso ele para ouvir as chamadas deles. Posso usar esse rádio, falando para os policiais que tem um assalto a banco e que tem reféns. "
O rapaz falou, enquanto passava a mão no seu rádio.
" Que maneiro! Isso deve funcionar! Mas como você conseguiu ter um desses? "
Perguntou Sally, olhando para o nosso amigo.
" Ah... Vou deixar essa história pra outro dia. Agora, vamos iniciar o nosso plano. "
Respondeu Larry.
Fiquei um pouco desconfiada dele, mas não podia perder mais tempo com ele. Tínhamos que tentar prender o assassino.
Larry nos entregou um Walk Talk e explicou o que tínhamos que fazer. Quando estávamos prestes a sair do porão do Larry, eu tinha visto uma figura estranha com olhos vermelhos. Sal também tinha visto, mas ele continuou caminhando.
Quando entramos no elevador, fomos até ao andar 4.
" Que porra foi aquilo...? "
Sal murmurou, enquanto me olhava.
" Eu não sei... Vi aquela figura medonha e assustadora. Ele ficou nos encarando."
Falei ao engolir em seco.
Quando chegamos no quarto andar, vimos que o policial saiu correndo. Estava com o seu rádio ligado. O Larry tinha conseguido enganar o idiota do policial.
" Pronto! Acho que deu certo! Ouvi barulhos vindo daí de cima! "
Disse Larry no Walk Talk.
Nós respiramos fundo e entramos na pequena residência. Quando entramos... Fiquei em choque. Estava tudo quebrado e cheio de sangue para todos os lados. Parecia que eu estava em um filme de terror.
" Por que nós estamos aqui mesmo?"
Questionou Sal, me olhando com dúvida.
" A gente precisa ver uma coisa... Se ele realmente veio até aqui pra pegar um brinquedo. "
Respondo, ao dar um longo suspiro.
Eu confesso que eu estava com muito medo, mas eu tinha que pelo menos achar uma prova de que realmente foi o Charley que matou a senhora, por causa de um pônei.
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Sally Face
EspiritualMeu nome é Emily. Contarei a vocês como o meu amigo Sal foi parar atrás das grades.