Sally Face

o pesadelo das crianças

Se passaram alguns dias, eu, o Larry e o Sal estávamos cada vez mais próximos. Nossa amizade estava ficando cada vez mais forte.

Quando a gente saia do porão do Larry, eu e o Sal íamos direto para os nossos apartamentos para dormir.
O problema de dormir... É que eu não conseguia ficar calma.

Não conseguia pegar no sono. Sempre tive uma sensação ruim de que alguém ia me matar naquele apartamento.

Pra mim conseguir ficar tranquila... Eu tinha que tomar um remédio pra dormir. Mas teve uma noite que eu tinha decidido não fazer isso. Eu queria tomar um ar fresco e repensar na minha vida. Tentar tirar coisas ruins da minha mente.

Saí do meu quarto e fui direto pra fora do apartamento. Pela minha sorte, estava nevando fora do apartamento. Aquele frio me deixava acochegante. Um pouco estranho, eu sei. Mas eu me sentia bem quando eu tocava na neve.

Olhei pra cima e tinha notado uma coisa. A janela da cozinha, onde ficava o apartamento do Sal, estava acesa. Era de madrugada, quem estaria acordado numa hora dessas? Pensei um pouco curiosa.

Eu sabia que o pai do Sal tinha dificuldades pra dormir. Mas ele tinha o mesmo medicamento que eu usava, pra poder dormir.

De repente vejo Sal abrindo a janela e olhando pra mim. Ele estava de cabelo solto. Nunca tinha visto ele sem chiquinha.

Não demorou muito, ele saiu da cozinha e foi atrás de mim. Quando vi ele saindo do apartamento, Sal tinha me cumprimentado.

" Sal? Pensei que estava dormindo feito um bebê. "

Falei dando uma risadinha.

" Pois é... "

O garoto murmurou com desânimo.
Naquele momento, fiquei preocupada com ele. Sal estava com alguma coisa em sua mente que estava o incomodando bastante.

" O que houve? Seu pai brigou com você? "

Perguntei ao me aproximar do meu amigo.

" O que? Não. Longe disso. "

Respondeu Sal.

" Então...? O que aconteceu? "

Perguntei, insitindo em fazer o Sal me responder.

" Ah... Eu tive um pesadelo. Charley tava nele. "

Ele respondeu, um pouco pensativo.
Lógico... Fiquei apavorada quando ouvi o nome daquele gordo.

" O que? Ele tá na cadeia ainda, certo? Ele não tá planejando em fugir da cadeia, certo? Ele não tá perto da gente, certo? "

Perguntei com medo.

Sal colocou suas duas mãos nos meus ombros, olhou para fundo dos meus olhos e respondeu com uma voz calma.

" Calma, calma. Ele tá longe da gente sim. Ele não vai conseguir escapar da cadeia. Não fique preocupada com isso. Só tô achando estranho... No porque sonho com essas coisas. "

Eu tinha respirado fundo, tentei ficar calma pra poder ajudar o Sal.

" Entendi. Mas me conte o que você sonhou. Quero te ajudar, você sabe disso. "

Falei ao encostar minha costas numa árvore.

" Eu sei sim. Bom... Sonhei que parecia que eu estava no lugar do Larry. Quando ele nos contou que ele ia consertar a privada da Sra. Sanderson. Ela mostrou pra mim a sua rara coleção dos pôneis. Quando eu tinha entrado no banheiro, a privada me sugou pra dentro dele. "

Sal explicou.

Eu fiquei um pouco enojada ao ouvir a parte da privada sugando ele. Mas continuei ouvindo ele. Sempre achei que nos nossos sonhos, há algum significado.