Capítulo 2

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Zander

— Como assim tiveram um problema no sistema? — esbravejo ao telefone. — Não pode ter problemas no sistema quando as finanças estão em xeque.

Com extrema irritação, ouço as desculpas do gerente da loja central de Porto Alegre. Estou de saco cheio das desculpas que escuto há dois dias, algo está acontecendo lá com os valores cobrados pela empresa que nos fornece produtos de limpeza e higiene pessoal.

— Marco! — digo o nome dele em tom grave. — Reveja os valores dos últimos seis meses, eu quero saber cada centavo de aumento.

Mas senhor...

— Sem mais! — o resto de paciência que ainda guardava escorre pelas minhas mãos. — Ou me mostra a porra dos relatórios ou está demitido. E mais... — Faço uma pausa proposital antes de terminar de falar. — Se eu descobri que estão superfaturando os produtos fornecidos, alguém vai responder na justiça. — Antes que meu gerente geral responda, bato o telefone e praguejo.

Desde que o Gaspar desconfiou dos valores cobrados pela empresa que nos fornece materiais de limpeza, eu estou furioso com a possibilidade de alguém estar me roubando.

Na época do meu pai tínhamos uma única empresa que prestava esse serviço para todas as lojas, mas depois que nos espalhamos pelo Brasil e eu assumi o comando administrativo, mudei essa política.

Passei a prestigiar empresas regionais, para ajudar na formação de empregos. Os gerentes gerais de cada estado tem autonomia de fechar contrato com empresas da sua região. Só que no Rio Grande do Sul, mudaram a empresa há pouco tempo e, de acordo com o Gaspar, os valores cobrados estão acima do mercado e do que era cobrado pela antiga empresa que nos fornecia os produtos.

— Senhorita Samantha, venha aqui imediatamente. — Falo nervoso ao telefone.

— A Samantha foi até a copa, senhor, ela... — Do outro lado da linha, Cristina atende e gagueja me irritando ainda mais.

— Mande-a sair da porra da copa, Cristina, agora! — Meu grito ecoa por toda a sala.

Neste momento estou mais que irritado e alguém, obviamente, sofrerá pelo meu mau humor. No primeiro momento foi o meu gerente, agora a Cristina e em breve será Samantha.

Vou dividir com ela não só a raiva por toda a merda do sul, mas também por ela ter vindo mais gostosa do que nunca para o trabalho, desfilando um vestido azul tentadoramente colado ao seu corpo perfeito.

Ela é tão linda e sensual, que se dependesse de mim, passaria o dia apenas admirando a sua beleza e me perdendo em seu corpo. Tenho absoluta certeza que Sam deve ser um verdadeiro escândalo na cama.

Se as batalhas verbais que sempre temos significar o quanto ela é atirada entre quatro paredes, eu seria o homem mais feliz do mundo se um dia pudesse experimentar um pouquinho dela.

Uma pena que a minha política de não me envolver com funcionarias me impeça e tentar conquistá-la.

Talvez eu deva mudar essa merda!

— Onde é o incêndio? — Samantha entra na sala irritada.

Como é linda nervosinha.

Um pensamento extremamente sexual e desapropriado para o ambiente de trabalho tremula na minha frente.

Eu queria pegar esses seus longos cabelos castanhos e envolvê-los na minha mão enquanto ela fica de quatro na minha frente, rebolando esse traseiro perfeito.

— Em breve teremos um incêndio dos grandes, se aqueles filhos das putas estiverem superfaturando as compras, eu vou foder com eles para sempre. — Tento falar com a voz mais estável possível. Não quero que ela desconfie dos meus pensamentos sexuais na hora do expediente.

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