Bônus

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Samantha

— Então quer dizer que você saiu no zero a zero na festa do Morales?

— Saí, dá pra acreditar? Estou frustrada.

Cristina sorri e me deixa ainda mais irritada, ela está pisando nos meus sentimentos de encalhada. Eu havia feito altos planos para o fim de semana, mas todos foram por água abaixo com a perseguição implacável do Zander durante a festa.

Aquele homem parecia uma sombra, não me deixava sozinha nem por um minuto. Sempre aparecia no meio das minhas conversas, soltando o seu mau humor por onde passava.

O pior é que a imprestável da namorada dele sequer tem controle sobre o próprio homem. Ele passou a noite inteira longe dela, enquanto a boba ficava implorando a sua atenção.

Tem mulher que se contenta com pouco, porque se fosse comigo, ele ganhava um par de chifres rápido. Quem não dá assistência abre concorrência.

— Não deu nem para dar uns beijinhos no Morales?

— Ele era o anfitrião, Cris, todo mundo queria a atenção dele. O homem tava uma delícia. Que vontade de dar uns pegas nele. — Começamos a sorri do meu assanhamento em plena segunda, se o Zander escutar o nosso papo, ele dobra o nosso trabalho.

O telefone toca e a Cristina atende; em seguida ela me pergunta se estou sabendo de alguma visita para o Zander por parte de uma empresa de arquitetura. Digo que estou por fora e peço para ela mandar a pessoa que está na recepção subir.

Não sei o que o nosso digníssimo chefe está aprontando, mas descobrirei em breve.

— Bom dia. — Um jovem muito bonito entra na recepção, ele é uma graça, mas joga no mesmo time que eu e a Cris.

— Bom dia, querido, em que posso te ajudar? — Sorrio com extrema simpatia.

— O senhor Saramago entrou em contato com a minha empresa e pediu que um arquiteto viesse falar com ele.

— Um arquiteto? — Olho para a Cris surpresa. O que será que essa raposa astuta está aprontando? — Aguarde um minuto.

Faço sinal para o rapaz sentar e sigo para a sala do chefe, quero saber o que esse homem está aprontando. Será que ele vai reformar o apartamento?

— Zander, preciso de um minuto para falar com você. — Ele coloca os óculos na ponta do nariz e me olha sobre eles.

— Nem meio minuto. Estou trabalhando, não tenho tempo para seus papos.

— Larga de ser grosseiro, estou aqui para algo profissional.

— Alguma novidade do sul?

— Não, mas tem um rapaz lá fora querendo falar com você.

— Ele tem hora marcada? Se não tiver dispensa.

— Não marcou nada, mas disse que você ligou para a empresa dele e pediu que mandassem um arquiteto aqui.

— Ahhh, o arquiteto. — Ele retira os óculos e coloca sobre uma pilha de papéis.

— O que você quer com um arquiteto? Vai reformar a sua casa? — Minha curiosidade é algo que não consigo controlar.

— Virou investigadora agora? Não sabia que tinha mudado de função. — Faço um bico pela sua resposta sarcástica. Ele é um idiota. — Mande o rapaz entrar, ele vai reformar a copa.

— A copa? E para reformar a copa precisa de um arquiteto? — Zander passa a mão pelo rosto indicando que passei dos limites.

— A minha copa precisa de um arquiteto com especialidade em decoração, quero uma copa elegante.

Degustação - Na Estrada com o Ceo - Livro Físico no site da Albook EditoraOnde histórias criam vida. Descubra agora