Meu primo

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Pamella

Dei uma bronca em Lilah por ela ter saído sem nos avisar, Bem ficou muito preocupado e eu nem se fala.

Depois disso acabamos dormindo juntas por ficarmos conversando até tarde da noite. O que Bem tinha dito a ela havia deixando-a mais confusa ainda.
Acordei babando no travesseiro de Lilah, mas ela não estava mais na cama, Olhei no relógio e já marcavam 8 horas da manhã.

Dei um pulo da cama, escovei os dentes, fiz minhas necessidades básicas e desci usando o pijaminha curtíssimo que minha prima tinha me emprestado, pois estava com preguiça de ir ao meu quarto para vestir um.

Ao descer as escadas escutei uma risadinha gostosa, contornei a sala e ao chegar na sala de jantar, vi Yan sentado a mesa, desfrutando do café da manhã com Lilah e minha tia, tentei fazer a volta por estar indecentemente vestida, só que escorreguei no tapedinho e "bum", fui ao chão com um baque enorme, chamando atenção de todos alí presentes.

- Pan! - a voz grave de Yan ecoou pela sala. - Querida, venha até aqui! - Tia Meg me chamou. - Continua maluquinha e estabanada! - ele riu.

- Droga! - Me levantei de um salto, olhei para todos e sorri como se nada estivesse acontecido. - Olha Só! O filho pródigo retorna a casa. - Me sentei bem longe dele. - Bom dia a todos!

- Acabei de chegar! - ele emendou. - Não podia faltar ao noivado da minha irmã.

- Mentira!? - Debochei dele. - Eu duvido que estava sabendo disso... você é o cara mais desligado da família.

- Não é ótimo! - Lilah mostrou-se animada. 

- Papai me avisou e acabou coincidindo com minhas férias! - ele riu sem-graça. - E você quando pretende casar, Pan?

- Nunca! E você Yan? - Apanhei frutas e coloquei no meu prato.

Titia e Lilah trocavam olhares e sorrisos divertidos.

- As mulheres são loucas! - ele afirmou cheio de propriedade. - Prefiro não arriscar.

Gargalhei encarando meu primo.

- Eu estou morando aqui agora. - ele me encarou erguendo uma das sobrancelhas. - É! vai ter que me aturar.

- Eu sempre posso ir para um hotel. - Yan! - tia Mag o repreendeu. - É ,não posso! Mas eu posso fingir que você não existe. - Yan, que grosseiro! - Lilah afirmou.

- Não! Deixa! será ótimo essa nossa convivência... eu não o enxergo e ele muito menos a mim. - Fui sarcástica. 

Engoli o café da manhã e me levantei.

- Vou para a faculdade... - Revirei os olhos ao ver aquele sorriso de quem estava se divertindo com o meu mal humor. Deixei a sala de jantar rebolando e subi a escada correndo, pois era só o que me faltava, meu primo Yan de volta a casa, usando aquele uniforme do exercito lindo e aquele cabelo raspado. Droga!

Me arrumei as pressas, prendi meu cabelo de qualquer jeito, saí do quarto pulando por uma perna enquanto calçava os meus sapatos.

- Tchau... - Disse saindo correndo praticamente da casa.

Respirei fundo ao atravessar a porta da frente e ao descer a escada, Yan estava com a porta do meu carro aberta. Corrigindo. - Com a porta do carona do meu carro aberta. Revirei os olhos.

- Não acredito que você vai ser tão mala assim? - Desci a passos lentos a escada e parei a sua frente.

- Não foi escolha minha também! Minha mãe não quer você andando sozinha por aí. Va se queixar com ela.

MEU TERAPEUTAOnde histórias criam vida. Descubra agora