Delilah deseja seu toque

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Delilah

Por que era tão difícil me despedir do Ben e eu me sentia como se fosse flutuar a qualquer momento?
Eu deixei o seu apartamento com um sorriso bobo no rosto e a promessa de que voltaria logo para as minhas aulas de jiu-jitsu. Mas, eu tinha de admitir para mim mesma que o meu foco não era a defesa pessoal, e sim passar mais tempo com o Benjamin e sentir aquelas sensações deliciosas que ele provocava em meu corpo.
"Deus, eu estou traindo o Josh!"
Aquela idéia me atingiu como um soco e aquela súbita felicidade que tinha me tomado, em segundos converteu-se em culpa. Tomei um táxi pra casa ainda pensando em Ben, pensando em como meu ventre se contraia quando eu estava sobre ele e em como eu sentia um frio na barriga quando a sua barba roçava o meu pescoço.
O taxista teve que me advertir quando nós chegamos ,eu paguei a corrida e deixei o táxi, me despedindo do motorista amistoso. 

- Lilah, onde você estava? - mamãe indagou no momento em que entrei. - Você saiu para correr e só volta agora!

- Mãe, só relaxa! - pedi. 

- Aconteceu alguma coisa?

- Nada demais! Eu só mudei um pouco a trajetória. - beijei seu rosto e subi as escadas indo para o quarto de Pan. 

- Olá garota! - ela estava distraída mirando o teto com cara de apaixonada, sentei na altura de suas pernas e puxei seus pés pro meu colo. - Essa olhar de peixe morto é por causa do Yan?

- Ele acabou de sair com o Owen. - ela torceu a boca. - Caramba, garota! Você demorou. - Pan disse brava.

- Eu estiquei um pouco! - afirmei. - Você e meu irmão estão só se pegando, ou é um recomeço? E nem vem dizer que não tá rolando nada que eu vi você deixando o quarto do Yan.

- Estamos matando a vontade... Do tempo que não fazíamos essas coisas. - Ela deu um sorriso malicioso. - Estava com o Josh?

- Não! - mordi o canto do lábio me lembrando da minha aula de jiu-jitsu, do meu ventre roçando o colo de Ben, dele respirando quente no meu pescoço, das suas mãos grandes na minha cintura.

- Hummmm...acho que alguém está pensando no passarinho! - Ela me cutucou rindo.

- Que passarinho? - dei de ombros. - Para de ser boba!

- Não era em Joshua que pensava... A muito tempo não via você com essa cara de boca. Anda! Conta aqui pra sua prima.

- Ai, Pan! - eu suspirei. - Foi tão repentino. Eu estou sentindo umas coisas!

- Coisas? Que coisas!?. - ela se aproximou quase sentando no meu colo. - Cara... Você conheceu alguém! Conheceu simmmmm.

- Para, garota! - lhe dei um tapa no ombro. - É... Eu conheci um cara! Ele é doce, é lindo e está mexendo com os meus hormônios.

Pâmella me encarou surpresa a rindo os olhos casa vez mais.

- Eu sabia!

- Sabia de coisa nenhuma! - a provoquei. - Agora sai, que eu vou tomar banho.

- Josh esteve aqui... Sua mãe não te falou?

Ela se levantou indo para a porta.

- Esteve? - indaguei curiosa. - Onde você vai, Pan?

- Vou... - Ela parou e percebeu que estava saindo do próprio quarto, gargalhou. - Esse é o efeito Yan... Acredite!

Levantei sorrindo e fui até ela.

- Sabe o que Josh veio fazer aqui?

- Trouxe o jornal... Está com a sua mãe. - Pan me abraçou pela cintura olhando para mim, com uma sobrancelha levantada esperando que eu perguntasse o que tinha escrito nele.

- Que jornal? - estranhei.

- Hum! De fofocas e celebridades! - Ela se afastou. - Você é oficialmente noiva do Joshua.

- Ah caramba! - me aborreci. - Isso só piora as coisas! Vai ser um transtorno pro Josh e pro papai!

- Também acho!

- Droga! - suspirei e dei um beijo na testa de Pan. - Depois eu ligo pra ele, agora realmente preciso de um banho!

- Ok! - Ela sorriu e esperou eu sair.

Segui para a minha suíte e fui direto pra o chuveiro. Larguei as roupas no chão e o movimento das minhas mãos, deslizando pelo meu corpo me fizeram pensar em Ben, naquelas mãos grandes e naquela barba áspera. Imaginei aquela barba roçando as minhas coxas, enquanto ele sugava o meu clitóris e tive de me escorar na parede pra não cair com a contração violenta da minha vulva, quando meus dedos tocaram aquele nervinho intusmecido.
Eu não tinha o hábito de me masturbar, mas minha boceta implorava um toque, que eu sabia, não era o meu, mas teria de ser bastante por hora, afastei um pouco mais as pernas e passei a brincar com o meu clitóris, esfregando-o suavemente, afastei meus lábios vaginais e deixei meus dedos passearem entre eles, sentindo a lubrificação quente e espontânea de quem esperava por mais. Bem mais!
Fechei os olhos e aquele sorriso meio cafajeste, invadiu meu imaginário. Pensei no seu corpo, que eu tinha visto bem pouco e fui ainda mais longe imaginando o seu pau, senti outra contração violenta e me deixei escorregar pro chão, sentindo a água escorrer pelo meu corpo.

- Ben... - Gozei sussurrando o seu nome.

Deixei minha respiração regular e levantei fechando o chuveiro, não me arrisquei passar sabonete e segui direto para a minha cama, deitei molhada mais e apanhei o telefone. Não era sensato o que eu estava fazendo, mas eu precisava de um pouco mais dele, nem que fosse em doses homeopáticas, então eu liguei pra ele, totalmente nua, apalpando meus seios.

Esperei ansiosa até que ele atendesse.

- alô?

- Ben... - Respirei longamente pra que a minha voz não saísse novamente num sussurro. - É a Lilah!

- Oi.. você está bem! - Ele me perguntou saindo do barulho da algazarra das crianças.

O toque dos meus dedos, associada a voz de Ben, estava deixando meus mamilos rijos.

- Estou bem... Eu só... - o que eu diria "só queria gozar ouvindo a sua voz" eu estava ficando louca, só podia. - Precisava agradecer!

- Não precisa agradecer... Eu quero que vocês tenha uma vida tranquila, equilibrada. Tenho certeza que o esporte vai te ajudar.

Tranquila e equilibrada, definitivamente não era como eu me sentia.

- Ah, Ben! - deslizei a mão para entre minhas pernas e eu estava encharcada, como era possível. - Eu...precisava sim! - mordi o lábio inferior pra não gemer e me penetrei dois dedos, que deslizaram fácil pra dentro de mim.

- é... - ele ficou rouco. - Seja honesta comigo. - Sua voz saiu baixa e curiosa.

"Droga, ele tinha percebido! " congelei, mas meu estado de excitação invés de baixar aumentou...

- Sim... - minha voz era quase um sussurro, e o pior de tudo é que eu não conseguia deixar de investir contra a minha vulva, que sugava meus dedos numa ânsia desenfreada.

Ben Sibilou entre os dentes.

- Algo mudou em você... E eu acho que isso foi além do que imagino de um simples treino. Certo?

- Talvez... - apertei minhas pernas e gozei, tentei, mas não deu pra conter o gemido rouco que escapou da minha garganta, antes de eu desligar o telefone e largá-lo na cama, com o riso mais idiota do mundo entre os lábios.



MEU TERAPEUTAOnde histórias criam vida. Descubra agora