10. Aquele onde muitas amizades começam

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N/A: Hohoho temos um capítulo maior hoje. Divirtam-se :)

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Juli P.O.V

Terça-feira, 07:53.

Chegamos no colégio dentro do horário, e dessa vez o Gio não se atrasou e veio junto conosco. Mamãe iria trazer o Josh - e provavelmente o Troy - mais tarde, em seu horário normal.

- Ainda não acredito que seu irmão te convenceu a desistir do clube de teatro... - Taty fala, meio desapontada, enquanto revira seu armário.

Estávamos apenas nós duas alí, sabe-se lá onde o Giovanny tinha ido.

- Eu fiz um trato com ele. Quero que ele tente coisas novas, então vou ter que tentar também.
- 1° período é educação física. - O Gio aparece atrás de nós, colocando os braços em volta de nossos ombros.
- Ah, que maravilha! - Taty fala irônica, tudo tinha começado a aborrecer ela desde o dia anterior.

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Gio P.O.V

Terça-feira, 08:03.

Estávamos no corredor lateral, nos dirigindo para o campo, mais especificamente para a pista de atletismo.

- Quem vocês acham que vai fazer amizade primeiro? - Juli pergunta.

As duas se entreolham.

- Gio! - e afirmam em uníssono.
- Por que eu?
- Não se pergunta o óbvio, Gio. - Taty diz.
- Aposto que vão ser vocês!
- Quer apostar de verdade? - senti uma pontada de arrependimento assim que Juli pergunta isso.

Me mantive firme na tal decisão e assenti.

- Se tu perder, vai ter que ir limpar meu quarto no momento exato que minha mãe reclamar! - os olhos de Juli brilhando com tal maldade que ela resolveu jogar sobre minhas costas.

Droga de aposta. Até o aterro sanitário era mais arrumado que o quarto da Juli. Mas eu não podia voltar atrás.

- Fechado. E se eu ganhar?
- Pode pedir o que quiser, a gente sabe que tu vai perder. - Taty disse rindo.

Muita confiança para duas pessoas só.
Depois de pensar um pouco eu me decidi.

- Se vocês perderem vão ter que arranjar uma festa para irmos depois do "baile" de iniciação de amanhã.

Juli e Taty ficaram emburradas. Do jeito que odeiam festas, nem do tal baile elas lembravam.
Mas ambas concordaram sem questionar a decisão, então fizemos o juramento de dedinho, aquela coisa sagrada que todos nós carregamos desde a infância.

-***-

- Juli! - ouvimos alguém chamando a mesma.

Ela parou, ainda sem virar para trás, e franziu o cenho.

- Droga, Taty - fala, baixo o suficiente para que apenas nós três ouvissemos, segurando o braço de nós dois, por estar no meio.

Juli vira para trás, forçando um sorriso, seguido por nós dois.
Um garoto loiro, com roupas largas - um estilo bem de skatista, eu diria - se aproxima de nós, com um pequeno saco de papel nas mãos.

- Oi, Austin. - Taty o cumprimenta, sendo o mais simpática possível.
- Oi, Taty. - Ele sorri de volta e entrega o pacote nas mãos de Juli. - A plaquinha de identificação do Budderball... - ele se aproxima para cochichar algo no ouvido dela.

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