What are the chances?

16. Aquele do Hospital.

A/N: Hoje é 1° de Abril mas não, não é mentira. CAPÍTULO NOVO!!!
Espero que quem lia antes não tenha desistido da minha pessoa, e espero que vocês gostem também. Beijinhos 🐹.

M/C: Issues - PrettyMuch Cover;
Requiem - Dear Evan Hansen.

-*****-

Brandon P.O.V

Quarta-feira, 14:03.

Enquanto eu guardo minhas coisas no armário, a Juli repete pela milésima vez o que eu tinha que fazer.
Pra garantir, até se oferece para pagar um Uber que eu, obviamente, recuso.

— Mas então você não vai esquecer, né?
— Acho que eu já esqueci.
— O quê?! Tá, vou começar do zero.
— Ei, eu tô brincando. Não tem nem como esquecer mais.

Fecho a porta do meu armário e me despeço de Juli. Ela fica parada algum tempo, deve estar pensando se deveria me seguir ao invés de ir para a detenção.
Eu logo a perco de vista, então ela provavelmente segue seu próprio caminho.

No estacionamento o Joshua, irmão mais novo da Juli, está me esperando perto do carro dela. Ele se levanta assim que me vê e vem até mim.
Peço um Uber, que chega rapidamente, e dou um endereço.

— Esse não é o meu endereço. — Josh observa.
— Não, é o meu.
— Por que?
— Precisamos do meu carro se quisermos comprar aqueles cookies.

O garotinho sorri, concordando com a cabeça.

-***-

14:16.

Aperto o botão de alarme e destranco as portas do meu carro, um Honda Civic na cor cinza, que ganhei dos meus pais no meu último aniversário. De fato eu não sou tão rico quanto o Nick, mas posso afirmar que minha família tem uma ótima renda.
O Joshua ficava observando tudo que era possível de se avistar no carro, sempre sem tocar em nada. Ele se senta no banco do passageiro e logo de cara já coloca o cinto de segurança.
Dou partida no carro logo em seguida.

— Onde fica esse lugar de cookies? — Joshua pergunta.
— No centro da cidade, vamos chegar logo.

Josh concorda com a cabeça, como quem entendeu, e volta a ficar quieto, olhando pela janela.

— Que horas vocês precisam estar no hospital? — pergunto.
— Horário de visitas é das 14hrs às 16hrs.
— Então é visita?
— A Juli não falou?! — faço que não com a cabeça, mas me lembro sobre ela dizer algo do tipo. Talvez ela estivesse certa, eu não prestei atenção em tudo. — Bom, meu pai tem alguma doença muito séria, mas ninguém nunca me disse qual é. Mas é grave, porque o papai está no hospital há mais de um ano. Ele não pode ir pra casa nem no Natal!

O Joshua parece acostumado com a situação, triste, mas ainda com aquela inocência de criança, onde o maior problema é não passar o Natal em casa. Ele continua:

— Mas a minha irmã visita ele mais que eu. Ela também é mais próxima dele, só não gosta nadinha da situação. Eu acho que pelo menos ele ainda tá lá, o moço que dividia quarto com ele não está, e isso sim é triste, ele não tem mais chances igual ao papai…

Balanço a cabeça, demonstrando que entendi. Acho que não quero prolongar esse assunto. Alguns minutos depois digo:

— Chegamos!

-****-

Juli P.O.V

14:55.