Brothers.

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Depois de ontem, notei que Rafael passou a ser mais carinhoso comigo, não perdendo o seu jeito, mas demostrando carinho. Eu ainda nem cheguei perto de conversar com ele sobre o que o Fox me disse.

-Quer um sorvete? - Ricardo se vira para mim.

-Quero ir para casa dormir - o encarando.

-Vamos passear primeiro, depois podemos voltar para a casa.

Ricardo havia me tirado de casa essa manhã para poder ir no parque, para passarmos um dia como irmãos, falso.

Ricardo saiu do carro e eu fiz o mesmo. Fiquei ali parado o encarando de braços cruzados.

-Não adianta, nós quase não ficamos juntos esse mês, e outra, você me deve depois do que aprontou.

-Te devo nada! Para a sua sorte não liguei a coleira na rede elétrica, pois aí queria ver.

Ricardo me encarou e veio até mim me dar um soco no braço.

-Aí, essa dou! - passo a mão no lugar di soco.

-E o seus pulsos já estão melhores? - idiota sarcástico.

-Você me machucou ontem! Ainda dói!

Ricardo deu de ombros com um sorriso maldoso no rosto. Quer saber, vou provocar.

Eu olho em volta da praça, que por sinal esta quase vazia, avistei um disco de cor azul jogado na grama, alguém deve ter esquecido ele lá. Vou até lá, pego o disco, agora a dificuldade seria arremessar com essas luvas.

-Ricardo! - eu gritei e ele se virou para mim - pega! - falo arremessando o disco com um pouco de dificuldade.

O disco bateu bem em seu abdômen. Ele ficou encarando o disco por alguns instantes, até pega-lo do chão.

 -Vai para perto daquela árvore alí - disse Ricardo apontando para uma árvore que dava para a entrada de um bosque.

Fico perto da árvore esperando Ricardo jogar o disco de volta.

-Pega! - disse Ricardo arremessando o disco.

Ricardo arremessa com força, eu desviei e o disco se chocou com a árvore o partindo ao meio. Nossa como ele é chato.

-Você poderia ter me acertado idiota! Ainda por cima quebrou o disco! - falei um pouco nervoso.

-Você desviou, outra, o disco nem seu era - disse ele se aproximando de mim.

Ricardo vai ate a árvore e se senta em baixo dela. Assim que eu o encaro, vejo ele fazendo um sinal para eu me sentar com ele. É isso que eu faço, mas com a cara fechada.

-Seu aniversário esta chegando maninho.

-Eu sei... Vai ser a primeira vez que passo longe dos nossos pais - sinto um pouco de tristesa na voz.

-Fica triste não bebezinho da mamãe, talvez nosso pai apareça aqui para te ver - agora estou surpreso.

-Nosso pai... Aqui? - falo o encarando.

-Sim, não sei ainda, mas provavelmente sim.

-Que bom, estou com saudades do papai.

-Talvez o Eric também venha, já que ele não desgruda do nosso pai - diz ele com um sorriso - o filho preferido de Alexander Cornélios.

-Ricardo Cornelius Vanderbuild, está com ciúmes? Fica assim não, você é o preferido da mamãe.

-Lucas Cornelius Vanderbuild, você é o preferido dela e não eu! - logo um silêncio se formou entre nós.

Love & Chaos.Onde histórias criam vida. Descubra agora