Love & Chaos.

Little Wolf

Meu pai, o híbrido, um moreno de olhos castanhos escuros e cabelos negros como o meu. Alto e um físico impressionante para um homem de quarenta anos. E ele está aqui, a maninha frente.

-Não vai me abraçar pequeno lobo? - diz ele com um sorriso.

Pequeno lobo é o apelido que ele me dá, além de me chamar de filhote e por aí vai. Eu o abraço forte, por mais que tenha passado um tempo com ele lá em casa, sinto saudades...

-Eu não sou um lobo...

Meu pai se agachou e me encarou com um sorriso.

-Filho de lobo - disse ele colocando uma mão em minha cabeça bagunçando meu cabelo - lobinho é.

-Filho de feiticeira...

-Pode parar com isso - meu pai se levanta. Alguns meses antes de eu vir parar aqui, descobri que meu pai no gosta que eu me compare com minha mãe, por que? Não sei - você é um lobinho, mesmo sendo feiticeiro.

Logo meu pai passa seu olhar por todos aqui, seu jeito sério e analitico se faz presente aqui. Minha mãe ou minha avó deve ter passado a localização daqui, pois eu jamais falei desse endereço para ele...

-Gente - falo me virando para todos atrás de mim - esse é o meu pai, Alexander Vanderbuild - e agora, para explicar que meus pais são primos...

Depois de ter apresentado ele a cada um, Gaby me puxou de canto junto com as meninas enquanto meu pai conversa com Rafael e Charles.

-Bruxinha, o que está havendo? - Gaby fala rápido - você tem idéia do que é o seu pai estar aqui.

-Tenho - suspiro. Meu pai raramente sai do seu território, eu ainda não sei o que faz aqui, nem por que ninguém me avisou - eu deveria, mas estou com receio... E se parecer que eu não quero ele aqui?

-Se perguntar com jeito até que não - Rebekha comenta.

-Isso mesmo Reh - Jenna agora me encara - menino, quem é da linhagem original ai? Seu pai ou sua mãe?

-Os dois - solto uma leve risada - eles são primos, isso foi feito para manter a "pureza", como eu não tenho mais primos, meus irmãos vão te que casar com gente que não possui nossa linhagem. Isso foi um jeito de manter os Vanderbuilds unidos por séculos, e agora isso acabou, meu bisavô começou, depois meus avós decidiram por um fim nisso não tendo mais filhos. A tia da minha mãe é minha avó e por ai vai.

-Eita porra - Jenna comenta - podres dos originais, adoro.

-Quer saber, eu vou descansar um pouco no quarto - suspiro - vou avisar meu pai.

Logo me aproximo de meu pai, ele se vira para mim com um olhar animado, tudo está bem estranho, normalmente ele fica sério na frente de pessoas novas e das que são próximas a mim.

-O que foi filhote? - ele me encara.

-Pai... Rafa, eu vou pro quarto descansar um pouco - os encaro - tudo bem para vocês?

-Claro, eu te ponho na cama - coro imediatamente - vamos, sei que seu namorado não vai se importar.

-Eu coloco ele quase todos os dias, tenho a noite para fazer isso também - meu pai o encara com um olhar cerrado.

-Vamos pai - falo puxando ele pelo braço, já é uma boa oportunidade para eu fazer algumas perguntas.

Subimos as escadas, Gaby fez vários sinais para eu conversar com ele logo, Charles só zombava de mim.

Atravessamos o corredor até o quarto do Rafael, não é muito grande a casa dele. Assim que chegamos no quarto, quase tive um ataque ao ver a bagunça que ele deixou, eu arrumo essa maloca sempre, não acredito que no tempo que estive internado ele fez isso e nem me avisou. Varias cuecas de Rafael estão espalhadas pelo quarto, assim como as roupas sujas misturadas com as limpas, meu pai encara aquilo tudo bem analitico.