MARCAS DO PASSADO

Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data.

Bryan Parker

Meu coração estava doendo de uma forma tão intensa que era impossível descrever o que estava acontecendo dentro de mim. Estava suando frio, corri, para tentar afastar a vontade de se jogar de uma ponte, e acabar de vez com esse sentimento. Fui até o meu chefe, que pra minha surpresa me apanhou pelas costas. Me doeu tanto, saber que eu estava do lado errado da história.

Aquele homem que me mandava ordens, era um canalha, um corrupto, assim como Wendy me detalhava em todas nossas conversas. Eu já acreditava nela, mas precisa-se de provas para poder fazer alguma coisa em relação.

Agora que Wendy já sabia que eu era o agente que deveria observá-la. Ela nunca mais iria querer me ver mais em sua frente, nunca mais irá deixa-se confiar em mim novamente, o que eu precisava era provar para ela que eu quero está do lado dela nessa jornada.

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— Como é que você pode está vivo? … Então – ele começa a pensar. — Wendy pagou por um crime que ela não cometeu. E é claro, ela não poderia pagar pela morte de alguém que está vivo! – ele continua olhando o homem com um sorriso sarcástico em sua frente.

— Ela foi para lá por que ela mereceu, primeiramente a culpa é toda dela! Se ela ta sofrendo agora, é porque ela foi uma menina maluvida. – David fala se abaixando, com o objetivo de se aproximar de Bryan.

Bryan estava com seus braços presos com algemas, e suas pernas com cordas impedindo qualquer tipo de tentativa de fuga. Não iria rolar.

— Você é um idiota, um monstro. Você é um lixo cara, como pode fazer uma coisa dessa? – Bryan fala com um nojo no semblante.

— Cara. Um homem com poder, faz qualquer coisa… O poder move esse mundo, move essas pessoas. Ter poder é ter tudo. E eu estou a caminho do meu poder. – diz ele sorrindo satisfeito.

— Mas eu não entendo, como ela pode ter sido presa, se você está vivo? Como não descobriram isso?

— Quer saber, eu vou te dizer. Pois você não vai sair daqui vivo mesmo… – ele encara o homem. — No dia em que eu estava me satisfazendo com Wendy, estávamos fazendo uma coisa gostosa, a mãe dela descobriu e queria me denunciar! Mas pia mesmo. Então eu a matei, e depois iria matar Wendy também. – ele continua.

— Mas e porque você deixou ela viver! Como tudo isso aconteceu? – Bryan pergunta preocupado.

— Tinha um homem que ia lá no meu campo, quase sempre ele aparecia lá me oferecendo um emprego que só quem tem coragem podia ir. Eu nunca aceitei, mesmo precisando. Mas depois que eu estava nessa situação, esse homem apareceu quando ouviu o tiro e me deu a ideia de jogar tudo nas costas da garota e continuar ali vivo, com dinheiro, mulheres, e poder. E é tudo isso que tenho até hoje… – ele fala debochando com um orgulho no olhar.

— Que terrível…

— E aí esse homem, colocou várias e várias evidências contra a garota. Mesmo que alguém questionasse, era impossível não aceitar, pois são as evidências que revelam os culpados. Na arma, suas digitais, no corpo da mãe, suas digitais também. E minha morte, foi a melhor coisa, minha morte falsa. – ele fica dando risadas. — Fui um ator impressionante, mas acontece que tivemos ajuda de toda a equipe que foram para a cena do crime, do IML, que logo me ajudou a sair sem ninguém perceber.  Tá vendo, quando eu digo que o dinheiro e o poder move o mundo, você não acredita, mas tá aí a prova.

— Esse mundo é imundo, essas pessoas estão por todas as partes. Mas quem foi esse homem que lhe ajudou?

— Você acha mesmo que vou revelar?... – ele pausa. — vou sim, você será um homem morto mesmo. Diretor Richard! Conhece?