Aos poucos os laços vão se fortalecendo, até se tornarem fixos.

14 3 2
                                    

Aberto os olhos, não enxergava nada no meio da escuridão. Tudo estava em silêncio e o único som que se escutava era de coelhos correndo pelos arredores do lugar não identificado. Andando sem enxergar nada, logo encontrou um túnel, que de dentro uma luz surgiu iluminando todo o lugar.

Wendy, estava com o corpo todo suado, parecia que estava correndo a muito tempo. Parecia que tinha sido espancada, seu corpo estava cheio de sangue por todos os lados. Mas ela não sentia dor, apenas não entendia de onde vinha tanto sangue.

Percebia que alguém a seguia, aparentemente era um homem, que vestia um chapéu preto que cobria seus olhos. Ela Corria desse homem, e então chegou até o túnel. Quando olhou estava o corpo do Bryan jogado ao chão, sangrando bastante. Correu e se jogou em cima do corpo, sentindo uma dor ardente dentro de seu peito, se arrependeu de não ter aceitado o apoio do homem, e caiu em prantos. O homem chegou e com um arma apontou para sua cabeça e disparou sem piedade. E ambos ficaram mortos no chão.

Wendy se acorda assustada, estando com febre, e o corpo todo suado. Ela fica olhando para todos os cantos do quarto, com o objetivo de encontrar alguém, mas não havia ninguém por lá. Ela sempre teve sonhos perturbadores, e agoniante. Sempre acordava chorando e assustada, na maioria das vezes era relacionado com seu passado, mas desta vez Bryan já estava dentro dos seus sonhos, aparentemente ela já estava sentindo muito pela morte do mesmo, isso importava muito para ela.

Uma grande coincidência, Bryan bateu na porta do apartamento da mulher. Assusta-se a garota, que vai abrindo a porta aos poucos, pronta para atacar caso fosse necessário. Ao se deparar com o homem, ela abre a porta por inteiro e a convida para entrar.

— Wendy …

Wendy se joga nos braços do homem e a beija, supreendo-lhe. Se deixa levar pela susto de perdê-lo. Ela sempre foi muito intuitiva, no começo a intuição dela dizia para não acreditar em nenhuma palavra daquele homem, mas agora o coração dela gritava, impedindo qualquer contradição de sua intuição.

— Me desculpe, eu não sei o que me deu… – ela se enrola para tentar se explicar, toda sem graça.

— Não, continua. Eu adorei! – Continuam a beijar e Bryan arrasta Wendy para o sofá, deitando corpo a corpo.

Aquela sensação estava cada vez mais forte, eles estavam sem controle da situação, a mente deles estavam adormecida e o coração aquecido, as mãos de Bryan passava pelo corpo de Wendy, acariciando suas costas e seus braços.

— Não, não faça isso! – Wendy grita e pula do sofá se afastando do homem.

— Me desculpe!!! Eu perdi o controle. – Bryan fala desesperado e com medo.

— Não!!! Não é isso. Eu que peço desculpas. A culpa não é sua é minha. Tenho traumas, e suas mãos me fizeram lembrar de todos os abusos que eu já passei.  – Wendy conta ao se sentar no sofá assustada.

Bryan se senta ao lado dela, para ouvir.

— Calma, eu entendo que deve ter sido muito difícil pra você lá dentro. Dentro daquela penitenciária. – Fala o homem olhando para o semblante da mulher.

— Foi horrível. – Ela chora, levando a cabeça aos peito do homem.

Bryan se comove e fica entristecido, vendo a garota se acabando em pratos em seu colo, não sabia como reagir.

— Calma, se quiser desabafar estou aqui contigo.

— Eu não sou um monstro Bryan, acredita em mim. – ela afasta a cabeça do seu peito e olha em seus olhos.

— Então deixa eu ouvir o seu lado da história? me conta o que aconteceu, fala o que você quiser!

Ela olha para baixo, e começa a recordar de tudo.

MARCAS DO PASSADO Onde histórias criam vida. Descubra agora