Cap 42º

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Tive uma noite terrível. Revirando na minha cama, incapaz de dormir, as palavras do Peter ressoando na minha cabeça. Então, está manhã, estou cansada e temperamental. Não tenho vontade de fazer nada. O final de semana promete ser longo e deprimente... Eu me arrasto para a sala de jantar. Não tem ninguém por perto, daria até para pensar que eles sumiram.

Não tem som de piano para ser ouvido que geralmente me acompanham nos meus dias aqui na mansão. Ele disse que está fazendo isso "para o meu próprio bem", mas eu não pedi que ele fizesse esse tipo de sacrifício! Eu pareço infeliz? Não. 

Estou com raiva dele por me decepcionar. Ele me deixou assim, por razões erradas. Ele está simplesmente assustado e com dúvidas e eu realmente não aprecio isso. Se ele quer ficar sozinho. então tá bom! Eu só espero que ele sinta a minha falta até a morte!

Estou cansada de pessoas que me consideram uma frágil e indefesa, incapaz de tomar minhas próprias decisões. Hoje eu preciso sair, sair, e fazer alguma coisa. Eu não quero ver a Sarah, ela não é muito compreensiva quando se trata do Peter. Ela simplesmente me diria que eu sou muito boa para ele de qualquer maneira, que ela não está surpresa, e que ele tem razão em querer ficar longe de mim.

"O que ela já me aconselhou a fazer de qualquer maneira..."

Não , eu quero ficar sozinha. Eu Sempre gostei de resolver meus problemas e passar tempo comigo mesma quando não estava nos meus melhores dias. Vou dar um jeito! Levanto-me de repente, pego meu casaco e saio da mansão. O tempo parece refletir meus sentimentos, nublado, chuvoso, frio.

"Ótimo..."

Posso dar adeus a tarde sentada ao sol. Eu tinha imaginado ir em um café em um terraço quente... Cidade horrível! Eu ando pela cidade sem realmente ter qualquer lugar para ir. Estou em busca, de qualquer coisa divertida. Preciso tirar as coisas da cabeça, esquecer o Peter, não falar de vampiros e todos os meus problemas, só por hoje... Então eu ando por aí, aleatoriamente pelas ruas, me sentindo tão perdida nesta cidade como na minha própria vida...

"Vai, Mellanny, da uma segurada! Já chega! Deixe esses pensamentos deprimentes para trás!"

Num canto da rua, vejo um fantasma. Essa seria a distração que eu estava procurando? 

"Eu acho que posso estar perdendo a cabeça..."

Eu me aproximo suavemente, tentando descobrir se esse fragmento de alma é hostil ou não. É uma mulher. Ela está meticulosamente vestida, num estilo antiquado. Ela parece rica, sedutora. Ela está usando lindas luvas de seda e seu cabelo crespo está escondido sob um chapéu, enquando um véu cobre seu rosto. Ao me aproximar, ela se volta para mim.

Fantasma: Ah! Olá, Mellanny!

Eu dou um passo para trás, atordoada. O fantasma me olha diretamente nos olhos. Um leve sorriso se estende através de seus lábios carnudos. Como é que esse fantasma sabe meu nome? O que ela quer de mim?

Fantasma: Não tenha medo, pequena psíquica. Eu não vou te fazer mal...

Não sou estúpida o suficiente para confiar em um fantasma cegamente... No entanto, é a primeira vez que um deles se dirige a mim dessa maneira! Mas vou ser direta.

Mellanny: O que você quer de mim, exatamente?

Fantasma: Apenas falar com você, isso é tudo.

Mellanny: Quem é você?

Fantasma: Meu nome é Rosa Osborne. Sim, como sua amiga Sarah! Eu sou um dos seus antepassados. Moro nesta cidade há dois séculos...

Is-It love? PeterOnde histórias criam vida. Descubra agora